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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Vídeo aula - 2 Os Caminhos da Interdisciplinaridade






Transversalidade


Novos sentidos para a Educação e a Ciência





VÍDEO AULA – 2

OS CAMINHOS DA INTERDISCIPLINARIDADE

   Novos sentidos para a Educação e a Ciência

                                                                                                               Ulisses Araújo

No cotidiano vivemos momentos que chamamos de tempo. Quando muito bom, o chamamos de minutos e quando muito ruim parecem horas que não terminam. Não vivemos de momentos isolados sem precedentes. Assim é a vida. Assim são os acontecimentos. Assim associados uns aos outros. Mas, se algo requer mais a nossa atenção, é do nosso interesse, ou se fez necessário então é nesse momento que paramos e damos mais atenção a aquilo que precisa. Essa análise requer vários caminhos e diversos tipos de conhecimentos.
Assim podemos perceber as bases do pensamento simplificador.
Na escola é ensinada uma ciência descontextualizada da realidade.
Aprendemos ciência porque é rica em nos fornecer dados que nos ajudam a esclarecer fatos, evitar acidentes, combater doenças, entender o ciclo da vida, mas isso de maneira a nos rodear todos os dias.
A ciência nos ensina a observar, comparar, medir, somar, discutir, duvidar, dividir, experimentar. Não tem fim em si mesma!
Descartes apresenta a disjunção como primeiro princípio simplificador, que seria a separação do todo em diversas partes, ou seja, separação entre os diversos tipos de conhecimentos, criando assim as disciplinas. O que não podemos é pegar um fato e achar que nele constitui toda a problemática. Por exemplo, achar que a estação inverno é a única responsável pelas doenças respiratórias. Temos sim o frio que é uma estação com menos chuva, mais seca, mas temos a poluição, lugares mais fechados sem muita ventilação, associado a isso uma má alimentação, e toda essa situação somadas são fatores de risco que propiciam a gripe por exemplo. É importante também compreender a ciência como instrumento prático. Essa linguagem que vai além do conhecimento meramente científico para que ela nos sirva de auxílio no dia-a-dia.
Um segundo pensamento simplificador é o da redução que vai do complexo ao simples, que seria analisar cada fator separadamente procurando minimizar seus efeitos. Tratar cada um de maneira simples, até para que a solução não seja tão utópica.
E o terceiro pensamento simplificador que é a abstração que gerou a matematização e a formalização da ciência. Podemos tornar virtual o que é real, por exemplo.
A relação entre as disciplinas promove um conhecimento mais amplo e mais eficaz.
Os três movimentos de superação dessa disciplinaridade é a:
·       Transdisciplinaridade que busca ir além da disciplinaridade, refere-se a temática que ultrapassa a própria articulação entre as disciplinas,
·       Multidisciplinaridade quando um determinado assunto ao ser analisado solicita o aporte de várias disciplinas para explica-lo.
·         Interdisciplinaridade que é o foco principal onde é articulado vários tipos de conhecimento e em seu estudo seus participantes estabelecem diálogo entre si.

Vídeo aula 1 - Revoluções Educacionais



Revoluções Educacionais

   José Esteves





Quando pensamos na educação sistemática há 2.500 anos atrás, podemos imaginar como devia ser horrível aquele contexto de não ter ninguém para dividir ideias, discutir conceitos, conversar sobre o cotidiano. Mas, não era assim. O aluno era único e se sentia privilegiado porque sabia que o estudo era o que destacava do resto da população. Até os conceitos já vinham com a intenção de domínio, estratégia de conquista e manutenção do poder. Domínio esse do conhecimento e do povo.

Imagino como seria o registro das aulas em fibras vegetais, tecidos, tábuas, até chegar a esse material impresso que conhecemos hoje. Nesse processo de modernização a escola passa a ser pública e de responsabilidade do estado. E os conteúdos continuaram prioritários, o centro do desenvolvimento na escola. Mas, não podemos esquecer que o estudo sempre foi para poucos.

Depois da Revolução Industrial houve necessidade de mão-de-obra mais especializada e a escola tratou de formar e habilitar pessoas que pudessem produzir mais. Até que veio a ideia de obrigatoriedade. Temos uma desigualdade sócio econômica alarmante. 16,2 milhões de pessoas vivem em situação de extrema pobreza, 8,5%  da população brasileira. Além de 928.000 de alunos com necessidades especiais. Quando dizemos que o atendimento está em processo de universalização, na Educação Básica, precisamos lembrar que o Censo Escolar de 2010 indicou a existência de 3,8 milhões de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola, o equivalente à população do Uruguai. 1/3 dos alunos que deveriam estar no ensino médio estão no ensino fundamental e 15,2 é o percentual de crianças no Brasil não alfabetizadas com 8 anos.

Por outro lado percebemos que o conhecimento se dá em todo o tempo. A grande maioria das pessoas tem um celular com acesso à internet por exemplo. Muito já foi feito para melhorar a situação de décadas atrás, mas ainda há que se pensar numa escola com acessibilidade,, equidade com qualidade para todos. É preciso reinventar a escola!