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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Vídeo aula 2 - Fórum escolar de ética e de cidadania




Módulo II
Vídeo aula 2

Fórum escolar de ética e de cidadania






Pensando ainda na escola em que dei aula há seis anos, explicitada no capítulo anterior deste mesmo módulo, as ações poderiam ter sido mais extensas na continuidade do projeto. Chegamos a fazer três reuniões escolares, que hoje, melhor elaborada,  chamaria de Fórum Escolar porque havia representantes de pais, alunos, funcionários da escola, moradores do bairro e presidente da associação dos moradores do bairro, onde discutimos as ações para melhorar o meio ambiente daquele bairro.
A reunião foi proveitosa no sentido da discussão que permeou os assuntos envolvidos, como por exemplo, montar uma cooperativa de reciclagem do lixo, o que não deu certo por falta de liderança qualificada, fazer uma petição para o prefeito para ter água e esgoto encanado em todas as casas, iluminação pública em todas as ruas, enfim, mobilizar todos os seguimentos da sociedade para melhorar a qualidade de vida do local.
Muito se conseguiu, mas não houve continuidade das ações.
Poderíamos ter chamado para fazer parte dessa reunião os comerciantes como donos de bares e mercadinhos, costureiras, barbeiro, donas de salão de cabeleireira, artesãos, as enfermeiras do postinho médico e ainda a policial militar que dá aula no Proerd (programa educacional de resistência às drogas), o diretor da fazenda de recuperação de drogados, representante da casa das irmãs (freiras), os leiteiros, já que muitos trabalham em fazendas vizinhas ao bairro, enfim, escutar mais essas pessoas que também moram lá.




Uma das características desse bairro que por longe, um tanto escuro, sem calçamento, cheio de vegetação que cresce desordenadamente em quintais muito grandes, é o uso e tráfico de drogas. Nesse sentido, poderíamos promover um trabalho intenso com os dependentes químicos já recuperados da fazenda de recuperação. Oferecer palestras, e assistência a quem desejasse. Os professores e as enfermeiras do postinho médico poderiam trabalhar essa questão em ciências físicas, biológicas e sociais, discutindo o que leva uma pessoa a ter esse comportamento e quais suas consequências para o corpo – dependência – e no convívio com a sociedade.
Montar uma cooperativa aos que desejassem aprender o ofício de artesão e trabalhar montando peças com o material recolhido para ser reciclado. Estimativa, custo-benefício, divisão de trabalho, administração da renda conseguida, fazem parte da matemática estudada na escola e aplicada no cotidiano.
Na chácara das freiras tem uma boa horta que poderia ser ampliada e virar emprego até para os alunos do nono ano. Estudo das épocas mais adequadas para o plantio, adubo orgânico, metragem de cada canteiro e cada cova, tempo de semear e tempo de plantar, irrigação, seriam assuntos de discussão em sala de aula.
E, então, num fórum realizado pela escola todas essas questões deveriam estar em pauta com estudos, avaliações, idealizações de metas e realizadas por todos.



Tudo isso numa convivência democrática, respeitando cada aluno e morador, sem excluir ninguém. Mas para isso é preciso estar disposto a abrir as portas da escola e assumir que os problemas que a sociedade enfrenta hoje são nossos, porque nós somos a sociedade, e não adianta fingir que esse problema está fora da escola.




domingo, 25 de novembro de 2012

Vídeo aula 1 - A escola e as relações com a comunidade



Módulo II 
“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 1

A escola e as relações com a comunidade




Quando comecei a dar aula nessa escola municipal ela ficava em um bairro rural, mas com o tempo a cidade cresceu em sua direção e hoje não é mais considerada zona rural. Bairro predominantemente residencial com 97,34% de seus endereços residenciais. Há mais ou menos umas mil trezentas e noventa e sete casas em torno da escola. Devo ressaltar que não há praças, nem rede de esgoto para todos os moradores. A situação socioeconômica dos moradores é baixa. Sua ocupação se deu em lotes grandes vendidos aos moradores que construíram suas casas do jeito que foi possível. A única rua asfaltada é a que o ônibus passa que por sinal é a rua da escola. A escola que vai da educação infantil até o nono ano agora é grande e bem ampla com oitocentos alunos.
Quis detalhar algumas características do bairro para explicar o que vem a seguir.
Há uns seis anos eu dava aula num segundo ano, do Ensino Fundamental, quando percebi que tinha dois alunos que eram irmãos e vinhas sempre com umas feridas pelo corpo. Eu perguntava  e eles me diziam que tinham se machucado. Passado o primeiro bimestre, aquelas feridas continuavam e cada hora em uma parte do corpo. Foi quando junto com a diretora chamamos a mãe que nos explicou que todos dormiam no chão porque não tinham cama, e aquelas feridas eram causadas por mordidas de ratos.
Fiquei muito impressionada e procurei saber a situação em que viviam bem a fundo. Uma das coisas que descobri foi que oitenta por cento dos pais dos alunos guardavam material para reciclagem: garrafas pet, latas, papelão e tudo que desse para vender.



Pensando nessa situação montei um projeto de leitura baseado no livro “Duda cata tudo”, de Sheila Kaplan, até porque minha turma era um segundo ano, e como justificativa coloquei que a educação ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais, de saúde e de busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizente ao exercício da cidadania.
Saímos então para fazer uma pesquisa de campo. Visitamos muitas casas, principalmente as dos alunos. Constatamos a maneira inadequada de acumular todo aquele material no fundo do quintal. Voltamos para a escola e fizemos pesquisa de combate aos animais prejudiciais para nossa saúde, entrevistamos os moradores, estudamos sobre a reciclagem, o reaproveitamento e a reutilização de materiais, origem e destino do lixo na nossa cidade, e  o desperdício.


Nessa fase conseguimos envolver toda a escola porque os irmãos estudavam em outros anos e também eram atingidos por essa conduta inadequada dos pais.
Trouxemos a Cooperativa Amigos do Lixo da nossa cidade para ensinar uma forma mais adequada de juntar todo o material. Houve palestras e visitas nas casas. Acabamos por movimentar todo o bairro porque chamamos a vigilância sanitária, o postinho médico para nos orientar e até a associação protetora dos animais que fez várias castrações nos animais dos moradores.
Na sala de aula trabalhamos muito com o dicionário, elaboramos panfletos para indicar os dias das palestras e visitas dos profissionais da área, calendário, higiene pessoal, vários tipos de textos, produção escrita nas entrevistas, questionários, construímos uma maquete do bairro com suas cinco ruas, visita ao parque ambiental onde era o lixão da cidade, e principalmente montamos uma carta de compromisso onde todos participaram primeiro em suas salas de aula, depois junto com seus pais, e mais tarde em uma assembleia registrada em ata, que tratava de ações que respeitassem o meio ambiente, a saúde e o “ganha pão” dos moradores.



















Com esse projeto conseguimos ampliar os espaços educativos e tivemos a comunidade como espaço de aprendizagem. Rompemos os muros da escola e envolvemos diretamente as famílias que resultou numa melhor qualidade de vida a todos. Pudemos valorizar o entorno da escola de uma maneira intencional contextualizando o conteúdo e articulando ações positivas tendo o aluno como protagonista.



sábado, 3 de novembro de 2012

Vídeo aula - 28 O fenômeno do Bulliyng




                                                                Vídeo aula- 28


                             O fenômeno do Bulliyng


O conceito de Bullying é utilizado no inglês por não haver ainda uma tradução mais correta no português para um fenômeno que corresponde às atitudes agressivas praticadas por crianças ou adolescentes, individualmente ou em grupo contra outras, geralmente vexatória chegando mesmo a agressão física.
O bullying não é um fenômeno novo e vem sendo estudado já a algum tempo fora do Brasil. Geralmente ocorrem em sala de aula diante do professor que por não tomar atitude acaba agravando o problema.
As crianças na sua maioria não denunciam e o fenômeno ocorre tanto com o sexo masculino quanto feminino. O bulliyng também costuma ser repetitivo e duradouro. As vitimas geralmente são frágeis e tímidas.
O bullying pode ocorrer pela Internet, conhecido como cyberbullying. Essa violência causa graves consequências, principalmente psicológicas, gerando distúrbios afetivos chegando ao homicídio e suicídio.
                Para contribuir com a redução desse fenômeno é necessário divulgar  informações, sensibilizar a comunidade escolar, criar um ambiente de segurança, educar para a paz e aplicar punição aos agressores.





Vídeo aula - 27 Práticas de cidadania




                                                                     Vídeo aula - 27


                                     Práticas de Cidadania



O tema trata da necessidade de planejamento e execução de projetos para a cidadania. É necessário entender que a realidade social é construída pela história e pela cultura. O ser humano é produtor e produto da sociedade.
O conhecimento acumulado é adquirido e produz sentido para a vivência do mundo. Os projetos tomam como base o conhecimento científico acumulado que deve ser repassado à sociedade em geral e este conhecimento geralmente colide com pressupostos culturais não científicos.
 Os projetos devem relacionar o saber popular com o saber científico sem causar choques, mas que possam abrir caminhos para a difusão do conhecimento estabelecido.
 É necessário conhecer bem o assunto a ser tratado, estabelecer parcerias com os membros de liderança da comunidade alvo, conhecer as características da comunidade.
O projeto deve ter: claro seus objetivos, bem definido o público alvo, planejar estratégias realizáveis e práticas, indicar os resultados esperados, definir um cronograma.

Vídeo aula - 26 Estratégia de Projetos e Educação e Valores




                                                                    Vídeo aula - 26


                 Estratégia de Projetos e Educação e Valores




Todo projeto tem que ter por princípio extrapolar o ambiente escolar.
Cada aluno que aprende e interioriza uma maneira deferente de pensar e realizar, leva consigo para onde for novas ideias e ações.
Se um projeto não tiver como objetivo novas ações, não será um projeto, que pressupõe vontade de realizar, e fazê-lo de maneira diferente.
Durante o desenvolvimento do projeto tem que haver avaliações, reflexões, análises, e replanejamentos. Pum projeto não pode ser engessado.
É bom lembrar que existe um ponto de partida estabelecido por todos e esse ponto tende a se expandir e se conectar com novos centros de interesse, possibilitando uma rede de conhecimentos.
O trabalho em rede significa conexão de todos em todos os sentidos. Ouvir, falar, observar, respeitar, agir, somar. Essa troca é rica na medida em que o aluno tem a oportunidade de ser agente do seu próprio conhecimento.


Vídeo aula - 25 Estratégia de Projetos e a Construção da Rede




                                                                    Vídeo aula - 25


                         Estratégia de Projetos e Construção da Rede





O conceito de rede surgiu numa ideia de construção do conhecimento onde percebemos que nenhuma aprendizagem pode se dar de maneira isolada.
Quando pensamos em trabalhar um projeto, existe um tema central que deverá passar por vários campos do conhecimento interagindo com o cotidiano.
Por isso o tema central tem que ser escolhido partindo de um problema ou questão que todos concordam que precisa ser trabalhado. Esse tema tem que permitir acesso a novas ideias e concepções onde o aluno se descobre protagonista de novas ações.
O professor orienta, media e faz as intervenções direcionando o trabalho para que não se perca em questões surrealistas.
Tem que haver intenção ao se trabalhar projetos, permitir e perceber essa rede sendo construída por todos.





Vídeo aula - 24 Diversidade/Pluralidade Cultural na Escola




                                                                    Vídeo aula - 24


                           Diversidade/Pluralidade Cultural na Escola



A pluralidade cultural na escola cresce continuamente.
 É necessário pensar quais valores devem ser repassados na escola.
A diversidade é característica distintiva da sociedade brasileira e se amplia na medida que a escola é mais acessível a todos.
 A primeira classificação necessária é a do “outro como fonte do mal” que deve ser evitado, perseguido e isolado, como se as diferenças causassem algum tipo de mal.
 Outra classificação é a do “sujeito pleno de uma marca cultural, um rótulo que estigmatiza, sem possuir outras características”.
Uma terceira e última seria “o outro como alguém que devemos tolerar” aparentemente menos  perigosa, o que não necessariamente significa que trabalhamos com as diferenças.
 As ações dos professores podem favorecer ou minimizar preconceitos. Os professores tendem a tratar como “normal” o aluno que se assemelha a ele culturalmente.
                As diretrizes educacionais nacionais preveem que a pluralidade devem ser trabalhadas em sala de aula como prevê os parâmetros curriculares como tema transversal.
                Devemos pensar como realizar esse trabalho com competência para que a escola seja cada vez mais local de respeito e formação para a vida numa sociedade multicultural.

Vídeo aula- 23 Assembleias Escolares e Democracia Escolar




                                                                     Vídeo aula - 23


                       Assembleias Escolares e Democracia Escolar



As assembleias escolares são importantes para discutir os problemas dos alunos, com propostas de resolução de conflitos.
O aluno participa da sua formação moral e elas correspondem a uma prática de cidadania. As assembleias estimulam o diálogo e tomada de decisão, são parte central de uma escola democrática, que abre espaço para todos, favorece a autonomia e a formação ética.
 O primeiro tipo de assembleia a de classe ocorre na sala de aula e pode ser implementada por meio de um espaço no qual os alunos apontam criticas, sugestões e elogios para que num horário marcado os alunos possam discutir as anotações e propor soluções, evitando sempre nomear as pessoas que apresentam problemas para não haver constrangimentos.
 O segundo tipo é a de escola que pode ser por um período ou por um conjunto de séries, ou por tipo de ensino como fundamental das séries iniciais, com representantes dos alunos, professores, funcionários e direção.
As assembleias não são instrumentos mágicos de resolução de conflitos, mas reduzem consideravelmente problemas e violência.
O terceiro tipo é a assembleia docente na qual os professores discutem suas questões, críticas sugestões e elogios tal qual nas dos alunos, nelas os professores além das possibilidades de resolverem seus problemas podem passar pela experiência dos alunos.

Vídeo aula - 22 Prática de Projetos e Transversalidade em sala de aula: Questões de Gênero no Cotidiano escolar



                                                   

     Vídeo aula - 22

      Práticas de Projetos e Transversalidade em sala de aula:    
                                  
                questões de Gênero no cotidiano escolar



A cultura em que estamos inseridos nos permite reflexões sobre nosso comportamento.
A pedagogia de Projetos busca temas coletivos e adesão de todos para discutir e desenvolver projetos pertinentes a todas as disciplinas.
A escola não pode deixar de trabalhar o ser humano no que diz respeito ao gênero: homem e mulher.
O homem e a mulher são iguais no que diz respeito a ser humano, dotados de inteligência, intenções, poder de reflexão sobre suas ações, arrependimentos, com livre arbítrio, sujeito a paixões, diferenciando-se das outras criaturas que não são dotadas de tamanha destreza. São diferentes quanto ao sexo – homem e mulher, com seu papeis distintos diante da procriação e sociedade. E únicos quando falamos das características pessoais como digitais, cor dos olhos, etc.
A escola do século XXI precisa valorizar as semelhanças e diferenças que existem entre eles para poder trabalhar o papel de cada um hoje na sociedade que não permite mais que seja como há trinta anos.
É na escola que os alunos terão a chance de experimentar trabalhar suas condutas e ajustar seu comportamento frente à vida adulta. 

Vídeo aula - 21 Sentimentos e Afetos como Tema Transversal




                                                                 Vídeo aula - 21


                     Sentimentos e Afetos como Tema Transversal



"O homem   é um ser essencialmente social e histórico que,
na sua relação com outro,
em uma atividade prática comum,
intermediado pela linguagem,
se constitui e se desenvolve 
enquanto sujeito."
Bakhtin




A criança aprende o que vive desde o seu nascimento.
A linguagem do afeto é entendida bem cedo, antes mesmo que o bebê consiga perceber que faz parte de um mundo onde ele terá que desempenhar um papel escolhido.
As mensagens dadas pelos pais serão aceitas e irão determinar a maneira de a criança se adaptar à vida.
A escola tem que trabalhar a autoimagem do aluno, sua confiança em si mesmo e sua habilidade de lidar com as frustrações.
O professor tem que adotar uma postura de aceitação e de encorajamento em relação aos seus alunos. Os temas transversais abrem espaço para esse trabalho.
Quanto mais você se conhece mais fácil fica de reconhecer em que aspectos podem melhorar e aceita melhor o desempenho dos colegas.
Um auto conceito positivo possibilita trocas positivas nas relações que se estabelecem em sala de aula.



Vídeo aula - 20 Violência e Educação UNIVESP TV: Violência nas Escolas




                                                               









Vídeo aula - 20


          Violência e Educação UNIVESP TV: Violência nas Escolas



Não é fácil falar da violência, embora seja um tema infelizmente comum. É importante não desviar o olhar da violência para que possamos agir de forma a minimizá-la. Então é necessário falar sobre a violência nas escolas.
Outro problema é o de entender a violência escolar como algo inevitável, estabelecido e geral. Um primeiro passo é diagnosticar a violência, suas causas e efeitos para planejar ações contra a violência. A escola não tem como resolver este problemas sozinha, são necessárias parcerias com outras instituições.
Há múltiplas formas de violência no âmbito escolar.
Geralmente os atos violentos não são gerados na escola, mas sim no seu entorno, também a violência familiar é uma das que mais adentra a sala de aula e muitas vezes de forma silenciosa, gerando comportamentos agressivos que tem sua origem no seio familiar. É necessário buscar apoio para a proteção da escola e de agências de saúde e segurança publica que podem atuar nos casos fora da escola.
O importante é saber diagnosticar com clareza as origens para que se possa agir na raiz dos problemas. E o conhecimento e o trabalho educativo bem realizado é importante para a diminuição da violência.




Vídeo aula - 19 Podem a ética e a cidadania ser ensinadas?




                                                               
                                                                Vídeo aula - 19


                         Podem a ética e a cidadania ser ensinadas?



Um passeio pela filosofia antiga, na Grécia antiga, ajuda a entender como se pode ensinar a moral e é possível observar que a formação ética vem de um passado bem distante. Aristóteles aponta a necessidade da educação da natureza (entendida como caráter), hábito (modo de vida) e razão (capacidade de pensar racionalmente). A ética precisa então ser formada.
E a educação deve servir ao bem comum e deve ser democratizada.
Em alguns casos entende-se que o bom caráter é algo que nasce com o individuo e que não pode ser ensinado.
O problema ganha dimensão quanto mais pessoas têm acesso a educação.
Sócrates parece ter acreditado também na possibilidade da formação moral. Os nossos valores para Protágoras são práticas sociais e não deveria ser uma disciplina específica e sim algo necessário de ser ensinado por todos em todas as áreas, inclusive em todos os conteúdos, dos professores aos funcionários. O ensino da ética e da moral deve ser mais pelo exemplo do que propriamente pela fala que exige e impõe regras.


Vídeo aula - 18 Educação Integral







                                                                Vídeo aula - 18


                                                      Educação Integral



A ideia de formar aluno na sua visão mais completa e integral pressupõe um trabalho com projetos em período ampliado.
Há momentos em que as crianças trabalharão em grupo o que estreita seus laços afetivos.
 Todos os ambientes são de aprendizagem e o professor media essa ação entre o aluno e os vários campos do conhecimento.
Os alunos passam a buscar significado e entendimento deixando de ser meramente expectadores. São mais atuantes discutindo suas aprendizagens com o professor.
Em aulas em contra turno os alunos escolhem o que fazer através de ateliês. Essas aulas são do seu interesse e o professor o facilitador da aprendizagem, o que torna o aluno mais participativo, crítico e espontâneo.
O professor deve ter mais conhecimento e rever suas metodologias.








Vídeo aula - 17 Pedagogia de Projetos




                                                               Vídeo aula - 17


                                                  Pedagogia de Projetos





O trabalho com projetos é rico e abre possibilidades para um desenvolvimento mais amplo e completo do aluno.
Proporcionar ao aluno experiência é uma riqueza que ele jamais vai esquecer e o torna personagem do conteúdo em estudo e é o que fará toda diferença.
Não podemos mais pensar em desenvolver as disciplinas sem uma estratégia eficiente que forme opiniões, modifique “pré-conceitos” e valorize ações transformadoras do próprio cotidiano dos alunos.
Uma escola que pretende desenvolver conceitos de ética, cidadania e respeito pelo ser humano tem que se planejar de maneira a ouvir muito o que os alunos tem a dizer.

Vídeo aula - 16 A construção de Valores e a Dimensão Afetiva


                                                          Vídeo aula - 16


                      A Construção de Valores e a Dimensão Afetiva



Todos sabem do papel importante da afetividade na relação com o meio em que vive.
Quando o aluno gosta da escola, quando ele tem uma boa imagem da escola e ela representa um evento social na vida desse aluno atendendo às suas necessidades e fortalecendo de maneira positiva sua moral, esse aluno tende  a ter melhor desempenho escolar. Ele se sente motivado para ir à escola.
Dois sentimentos são importantes para a formação dos valores, são eles a vergonha e a culpa.
Se um aluno é humilhado em sala de aula, o tratam de forma a desvalorizar seu desempenho, não aceitam seu comportamento, ou qualquer aspecto físico, passa a ter vergonha, se isolar, faltar às aulas.
A culpa traz uma autoimagem negativa, de menos valia, não aceitação.
Uma maneira de a escola trabalhar esses sentimentos é conversando sobre justiça, respeito ao próximo e tolerância.
A escola tem que promover um ambiente saudável e feliz.

Vídeo aula - 15 Dimensões Constitutivas do Sujeito Psicológico




                                                                  Vídeo aula - 15


                         Dimensões Constitutivas do Sujeito Psicológico



Sabemos que interagimos com alunos que são de todas as maneiras. Vindo de diferentes experiências sociais com a família. Esses alunos que interagem com o meio e constitutivos de um mundo consciente e um não-consciente.
Quatro dimensões constitutivas do sujeito biológico: é composto pelo próprio organismo; o sócio-cultural: ajudam a formar nossa identidade; afetiva: são os sentimentos muito importantes nessa relação com o meio; cognitivo: é responsável pela parte intelectual que influencia na forma como nos comportamos, como resolvemos problemas e lidamos com as pessoas do nosso dia-a-dia.
O aluno é o conjunto desses quatro aspectos e não é uma máquina que pensa.
Temos que perceber nosso aluno na sua complexidade e ter uma visão mais ampla. Nem todo filho de peixe, peixinho é.

Vídeo aula - 14 Projetos




                                                                Vídeo aula - 14


                                                                 Projetos



Projeto tem por definição uma ação que é resultado da manifestação de uma vontade.
Todo projeto nos faz pensar em metas e objetivos a serem atingidos num futuro.
Projeto é a vontade de realizar. Tem a ideia de chegar a algum lugar, por isso exige planejamento.
Quando pensamos em um projeto para desenvolver seja em nossa vida ou na escola com os alunos, pensamos em objetivos que nos levem a um futuro que queremos. Mesmo que as metas sejam arriscadas, planejamos ações porque sabemos que vale a pena.
O planejamento é típico do ser humano. Animais não pensam, não planejam, somente reagem sem a reflexão das consequências. É assim que criamos possibilidades de realização.
O ser humano é projetista por natureza. Assume riscos, traça metas, desenvolve estratégias ao longo da vida em vários estágios e assim que um projeto está terminado, é este, o ponto de partida para um outro.
Podemos agregar ideias, fazer junto, mas realizar pelo outro, ou esperar que o outro realize por nós, não é possível. 

Vídeo aula - 13 Conhecimento em Rede




                                                                  Vídeo aula - 13


                                                  Conhecimento em rede



Quando pensamos em rede, pensamos nas ligações estre suas partes.
Já houve tempos em que os conteúdos eram despejados sobre os alunos sem a preocupação se era necessário ser dessa forma tão desconectada da vida de cada um.
E quando, hoje, falamos em rede a intenção é fazer diferente a ação na escola.
Os alunos adquirem conhecimento de várias fontes como revistas, internet, televisão, e não podemos mais desconsiderar essa vivência que trazem para a escola.
É preciso ser mediador do que eles trazem como conhecimento, vivência e construir juntos conceitos de cidadania, ética, valores para que eles saibam aplicar e valorizar os conteúdos desenvolvidos na escola.
A ligação, a relação que é feita entre o que o aluno traz como vivência e o conhecimento somado aos conteúdos desenvolvidos de maneira adequada respeitando toda característica da turma, com temas abordados que garantam agregar valores pertinentes a cada um é o que chamamos de rede. E temos, então, vários centros de interesse com liberdade para compor esses encadeamentos a navegar nesse mar de relações.

Vídeo aula - 12 Perspectivas Atuais da Educação em Valores



                                                             
                                                                    Vídeo aula - 12


                           Perspectivas Atuais da Educação em Valores





Hoje as ações da escola visam não só envolver os alunos, mas também a comunidade. Percebam que os eventos sociais e que se referem à saúde passam pela escola. Seja na divulgação de campanhas de vacinação de crianças e animais, festas temáticas do bairro onde a escola está inserida, campanhas do agasalho, festas religiosas, enfim, a escola é responsável pela divulgação e trabalho no coletivo. Não acho que ela tenha consciência da grandeza desse trabalho e saiba aproveitar a oportunidade, mas já é um caminho.
A escola tem que ensinar os pais a participarem das reuniões do conselho de escola, porque não sabem muito bem o que querem. Quando a escola se localiza em um bairro com uma situação socioeconômica menos favorecida é mais difícil ainda estabelecer prioridades disciplinares. Esse exercício da cidadania precisa ser aprendido.
É através da escola que o aluno terá a acesso aos bens culturais e uma visão política e nesse exercício de cidadania terá a chance de incorporar valores éticos e morais como valores centrais.



Vídeo aula - 11 Perspectivas Atuais das Pesquisas em Psicologia Moral



                                                               

                                                                    Vídeo aula - 11



                Perspectivas Atuais das Pesquisas em Psicologia Moral



Os valores estão sempre ligados ao nosso campo de convívio.
Sabemos que a escolarização e condições sócio econômicas tem uma influência direta na construção dos valores que se constituem pelas trocas afetivas com o meio em que vive.
Os nossos valores podem ser morais ou não de acordo com nossas experiências ao longo da nossa vida.
Tem pessoas que não abrem mão de algumas ações por fazerem parte dos seus valores centrais, como não deixar de ir à igreja todo domingo, devolver o que emprestou o mais depressa possível.
É a maneira de agir de uma pessoa que nos revela quem ela é e quais suas prioridades.
Nesse aspecto o professor tem que ter um comportamento exemplar, com postura de educador. Já vi professor discutir sua vida pessoal desastrosa com os alunos. O papel do professor é mediar e tentar acha caminhos para ajustes no comportamento dos alunos.
Conversar com os alunos sobre seus sentimentos é importante para que, falando, eles próprios entendam suas atitudes, o justo querer, saber gostar, saber conquistar um espaço no grupo e assim perceberem quais são seus valores e de que forma os sentimentos atuam.

Vídeo aula - 10 Interdisciplinaridade e Transversalidade



                                                               
                                                               Vídeo aula - 10

                                             
                           Interdisciplinaridade e Transversalidade





Quando falamos de interdisciplinaridade e transversalidade podemos pensar numa sala de aula onde saímos a campo observando, analisando e comparando no campo da Ciência, da Biologia, da Física, da Química. Podemos fazer o registro de toda estratégia utilizada pesquisa de campo em Português. Comparação e anotações de dados, assim como gráficos na Matemática. A localização histórica e geográfica da questão estudada.
Dentro de um contexto sócio econômico,  determinada situação nos coloca como ética e moral, sem esquecer das espécies existentes, sejam pessoas ou animais com suas características de gênero e número.
A transversalidade serve para que temas como a ética, meio ambiente e valores, por exemplo, sejam trabalhados constantemente em todas as disciplinas de maneira a transformar a realidade.
Temas como meio ambiente e saúde estão ligados diretamente a todo assunto estudado.
As disciplinas que aprendemos na escola precisam ter a função de apontar caminhos para que a vida do aluno seja melhor entendida e reconhece-lo como agente modificador da realidade e do lugar onde vive de maneira positiva.



Vídeo aula – 9


Ciência e Educação


                                                                                                                      Prof. Luis Carlos Menezes

Ao pensar em ciências na escola, sempre voltamos ao que é descrito no currículo dos anos/séries escolar. Mas para desenvolvermos certas habilidades e competências é preciso levar o aluno a pensar, analisar, comparar, dialogar, questionar, descrever, concluir.
A ciência é um aprendizado de linguagem, em que qualquer previsão do tempo vemos dados científicos e matemáticos. Rótulos de remédios, nas embalagens de alimentos trazem informações científicas aos consumidores. Muitas vezes a capacidade de ingerir alimentos como as gorduras, açúcar, carboidrato, estão descritos nas embalagens dos produtos que compramos. Uma pessoa alérgica a lactose pode conferir na embalagem dos produtos quais contém a substância. Essa linguagem precisa ser trabalhada na escola.
A ciência precisa ser ensinada como instrumental prático, para a leitura de um termômetro num caso de febre o que poderia resultar num diagnóstico mais grave, a instrução do uso de produtos de limpeza, leitura de conta de água e luz, são informações dadas pela ciência e na prática nos ajudam a economizar, comparando resultados, a evitar acidentes coma instrução de uso de medicamentos, produtos químicos diversos. A isso chamamos de instrumental prático e deve ser de domínio de todos e faz parte do cotidiano das pessoas.
Existe uma série de circunstância onde a visão de mundo e suas possibilidades se dão a partir da experiência. Experimentamos situações que nos conduzem a reflexões para buscar informações que nos proporcione uma qualidade de vida melhor.
E desenvolver esse aprendizado percebendo a dinâmica do dia-a-dia é o ideal. Essa investigação e observação não se dão só na ciência, mas na matemática, na geografia no sentido da concentração  demográfica, ou até mesmo da região onde a escola está inserida assim como o contexto econômico e social.




Vídeo aula – 8

A construção Psicológica dos Valores

Vamos nos basear na resposta a três perguntas:
1-      É possível educar em valores?
2-      Como se dão os processos de construção/ou apropriação de valores?
3-      Quais valores devem as escolas ensinar?
Sim, é possível desde que a gente entenda como trabalhar os valores.
Piaget já disse que os valores estão diretamente relacionados a trocas afetivas com o exterior, numa projeção de sentimentos positivos sobre objetos,  quando o aluno gosta da escola, ele se sente bem na escola; e/ou pessoas quando determinada pessoa faz com que ele se sinta bem de alguma forma; e/ou relações quando um tipo de relação atende ao seu padrão de sentimento, seja positivo ou negativo; e sobre si mesmo, quando tem uma auto-imagem boa, gosta de si mesmo e se aceita bem.
É mais ou menos assim, onde estiver seu coração, aí estará também seu tesouro!
Essa construção de valores é algo que se projeta afetivamente e por isso tem valor. E isso acontece desde que nascemos e vai pela vida toda.
Esses valores não são rígidos. Mudam até porque tudo na vida muda. O que antes eu gostava, agora posso não gostar mais. Hoje alguma coisa pode não atender aos meus padrões de gosto ou preferência. Existem valores centrais que nos mostra quem somos e podem mudar a qualquer momento. Essa mudança pode ocorrer em virtude de um trauma, desastre, risco de morte. Momentos que nos fazem pensar, reavaliar nos nossos valores. Não tem idade.
A escola pode trabalhar de maneira intencional tendo como um guia a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e deve ser trabalho que chame a atenção da criança.
Por isso a escola tem que ser repensada e desenvolver atividades que permitam que o aluno construa essa identidade de valores criando vínculos afetivos positivos com ele.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Vídeo aula - 7 Educação e Ética



Vídeo aula - 7


                                                

                                                          Educação e Ética
                                                                                                                     Carlota Boto


A ética na educação escolar se refere ao relacionamento entre os alunos, entre os alunos e professores, entre todos na escola.
A família é o primeiro ambiente social onde a criança experimenta suas relações e a escola é um ambiente de socialização que prepara a criança para a vida adulta.
Mas existem alguns conflitos como, por exemplo,  liberdade e autoridade. É preciso que a criança tenha espaço na escola para exercer sua liberdade. É assim que a autonomia da moral vai sendo construída e tem que haver interação com todos com quem essa criança convive.
Na antiguidade a ética estava ligada a virtude proporcionando o bem comum, da coletividade. Os gregos focavam a vida pública.
Ética e moral epistemologicamente tem o mesmo significado que é um comportamento escolhido, são formas de agir e sempre estaremos rodeados por elas, nas relações de trabalho.
Aristóteles diz que a excelência moral se relaciona com as emoções e ações, e nestas há excesso, falta e meio termo e o que se busca é o meio termo para tudo. E o que se busca é sempre o meio termo para tudo.
Trabalhar com a criança é desenvolver a responsabilidade perante o mundo. É interessante pensar se minha ação vale para os outros também, e se as pessoas não puderem fazer igual, muito provavelmente estarei errada.
Buscar a justiça pode fazer as pessoas felizes.
Por isso, as regras precisam estar bem claras.
A autoridade do professor se estabelece na medida em que o aluno adere às regras, e não pelo medo.
Antigamente a criança não tinha direito de se expressar. O professor sabia tudo e ensinava para o aluno. Hoje em dia o aluno ganha voz, um lugar de respeito.
Mas o currículo engessado ainda cala o aluno.
Há alunos desafiadores e não percebemos nossa limitação diante da situação, dando nomes científicos para o problema, como déficit de atenção e nos desrresponsabilizamos. A escola precisa ser tolerante também frente aos desafios.

Vídeo aula - 6 Temas Transversais em Educação





                                                                  Vídeo aula - 6


Temas Transversais em Educação

Dentro das diferentes concepções de transversalidade é abordada a necessidade de cada comunidade, que cada cultura deve definir suas prioridades a ser trabalhada. Apesar de a legislação trazer como temas transversais a ética, saúde, meio ambiente, pluralidade cultural, orientação sexual, trabalho e consumo, cada cultura tem a liberdade de eleger, dentro da sua realidade, sentimentos e afetos, o que cabe, temas para solucionar seus problemas.
A primeira concepção de transversalidade traz as disciplinas como eixo principal onde o currículo é mais importante, os conteúdos são o centro do trabalho do professor.
Numa análise melhor temos primeiro os trabalhos que são desenvolvidos de maneira pontual e o objetivo maior é o conteúdo dentro da sua disciplina. O conhecimento fica fragmentado em uma ação ou conjunto de ações.
A segunda concepção que temos é quando o professor se diz despreparado para abordar determinados temas. Chamam então, profissionais específicos em certos assuntos para dar palestras. São ações que envolvem pessoas de fora da escola. Mais uma vez fragmentando os campos do conhecimento.
 Terceira concepção nos remete aos projetos sobre os temas transversais e que muitas vezes traz uma proposta que não nasceu da necessidade dos alunos, com material produzido por outros que não estão envolvidos no cotidiano da temática trabalhada.
A ideia é que haja interdisciplinaridade, com todos trabalhando um mesmo tema, só que de maneira individualizada, não há interação entre as disciplinas.
A quarta concepção é a que a transversalidade deve estar incorporada nas próprias disciplinas que deve estar associada diretamente com as disciplinas de Português, Matemática, Ciências, História e Geografia, que o professor já trabalha em sala de aula mas o foco principal continua sendo a disciplina e outros temas só serão trabalhados quando surgir oportunidade.
Por fim, a quinta concepção é quando a transversalidade é trabalhada como currículo oculto, ou seja, as temáticas só são trabalhadas a partir de um “gancho”. Nesse aspecto corremos o risco de um julgamento muito pessoal de achar que determinada situação merece ou não que seja discutida. Passa então pelo campo da moral de cada professor destinar tempo para questionamentos e busca de direção. Além do que a transversalidade fica sem  sistematização a espera sempre da ocasião.
Agora, temos que reconhecer que mesmo limitada essas ações abrem uma discussão em torno de situações que promovem temas sociais, mas continuam ficando em segundo plano.
O ideal seria ter os problemas da população, as suas necessidades sociais, o cotidiano e a realidade dos alunos articulados aos conteúdos. Os conteúdos deixam de ser o eixo principal. Não serão mais o fim e sim meios para serem trabalhadas temáticas que são premissas aos alunos. Assim sendo temos uma educação em valores , sem achar que o conhecimento específico não seja importante. É uma nova forma de se conceber a educação. Mas mesmo nessa nova concepção, se não houver uma interação na maneira de desenvolver cada temática, ainda teremos a fragmentação da aquisição do conhecimento.
É preciso romper com essa ideia de individualismo. Achar um caminho e definir estratégias que vão além da compartimentação disciplinar, essa que é tão engessada e tirem a escola de seu isolamento conectando-a com o mundo esterno já que recebemos alunos tão ricos em vivência.
Podemos promover um trabalho que seja rico de significados para o aluno. Usar a realidade da comunidade e partir desse para trabalhar as disciplinas de Português, Matemática, Ciências, História e Geografia.
E isso exige um empenho articulado dos professores para o sucesso no desenvolvimento do trabalho.
E dentro da prática da transversalidade, há alguns caminhos possíveis ligando as diferentes disciplinas e os diferentes campos do conhecimento, onde temos como exemplo em projeto onde a partir de um tema, de uma questão a ser estudada, as várias disciplinas se envolvem tentando aprimorar os campos do conhecimento dos alunos.

Vídeo aula 5





Novos sentidos para a Educação e a Ciência


“Os avanços paradigmáticos da ciência podem não ser suficientes para se construir a democracia, a justiça e o bem estar social”.
Com essa ideia a escola busca novos sentidos para a educação e a ciência. Superar a fragmentação da interdisciplinaridade.
Houve grandes avanços desde a multidisciplinaridade, transversalidade e interdisciplinaridade, mas a pergunta ainda é “A quem essa ciência continua servindo?”.  A escola está a serviço de quem?
Se partirmos do princípio dos objetivos da educação, toda escola tem em seu Projeto Político Pedagógico dois objetivos centrais que estão relacionados com a instrução, conhecimentos sistematizados, instrução dos conhecimentos, onde encontramos as disciplinas Português, Matemática, História, Geografia, e o currículo da escola. E a formação do cidadão trabalhando ética e moral.
Só que ainda podemos perceber a escola trabalhando as disciplinas e quase nada a ética e a moral. Historicamente até porque foi relegado a escola o ensino dos conteúdos e a família a educação de valores sociais como a formação da ética e da moral. Mas houve uma mudança na constituição das famílias de hoje em dia que não dá mais conta sozinha de formar essa futura geração. Foi atribuída a escola até a formação ética e moral e ainda a formação ambiental, o trabalho com a violência, sexualidade, afetos e sentimentos. Mas a formação dos professores está preocupando enquanto específica. Precisamos pensar nessa hora na superação da disciplinarização. É quando se fala em temáticas a serem estudadas como epilepsia, questões neurológicas e que tem muito a ver com toda essa mudança que a escola vem passando com a inclusão.
Na transversalidade podem ser trabalhados temas perpassando todo e qualquer conteúdo.
Para um tema ser considerado transversal tem que ter uma temática ética-político-social e de alguma forma levantar questões em busca de soluções para a melhoria da sociedade, da humanidade.
Essa discussão acaba mudando a cara da escola, muda o foco das aulas porque vem atender às necessidades da vivência hoje.
Apesar de cada escola ter características articulares que podem remeter a algum tipo de problema como sua localização geográfica, estrutura física, há problemas que todos enfrentam que é a violência, a falta de limites, o bullying, sexualidade precoce, drogas.
É nesse sentido que os temas transversais entra para discutir, ouvir, argumentar, buscar esclarecimentos e tentar direcionar toda uma construção de pensar da nova geração. 


Vídeo aula – 4




Educação e Valores

A escola e a construção de valores morais

Já percebemos como esse processo de construção de valores é muito complexo quando falamos em sala de aula. Não basta a escola ensinar o que é moral, é preciso que na prática trabalhe de maneira interdisciplinar nos aspectos concretos e cotidianos da vida dos alunos.

Há aspectos que influenciam nesse processo do cotidiano das escolas.

Os conteúdos tem que trabalhar os direitos humanos, a ética, a inclusão social e a discriminação já que hoje é uma realidade ter alunos com necessidades especiais em sala de aula, a convivência democrática. O currículo não privilegia o trabalho de valores. As disciplinas Português, Matemática, Ciências, História, Geografia, Artes, Educação Física ainda são o foco da escola sem se preocupar com essa formação desse cidadão, essa convivência respeitando limites e regras de interação entre as pessoas na escola e sociedade.
Hoje na escola não cabe mais esse papel do professor que ensina sozinho e do aluno que aprende sozinho. É preciso, além de um currículo que converse e atenda o aluno, tenha um professor que dialogue, escute suas opiniões. É no diálogo que as pessoas aprendem a trabalhar de forma colaborativa, cooperativa a favor da comunidade. O aluno tem que perceber que são agentes na construção da sua história e ter espaço para essa construção.

A escola precisa ter a intenção de trabalhar dessa forma visando esses aspectos da cidadania. A Declaração Universal dos Direitos Humanos devem ter um papel ativo nos projetos desenvolvidos na escola.

Nas relações interpessoais se estabelecem diálogos importantes a respeito dos sentimentos. É aí que o professor tem as oportunidades para valorizar, acrescentar, criar ajustes entre a moral e a ação dos alunos. E para isso é preciso que o aluno confie nesse professor. E mais do que confiança tem que haver admiração que se faz pelo o conhecimento ou pela forma justa com que ele trata os alunos.

A escola também precisa trabalhar a auto-imagem e auto-conceito dos alunos que tem chegado as escolas com um conceito muito deturpado até por conta da mídia que valoriza muito a estética. Então quando estão fora do padrão que é estabelecido se sentem inferiores. E na verdade, enquanto o padrão for estético, meramente visual, na verdade, nunca estará bom. É preciso reforçar uma auto-imagem positiva nos alunos. As diferenças já são apontadas como negativas como, por exemplo, um aluno mais lento ou com problema de aprendizagem. Até mesmo o professor rotula esse aluno.

A escola tem que estar atenta o  auto-conhecimento que reconhece sentimentos e emoções. O aluno tem que aprender até para podermos saber quando está triste e por que, e quando está alegre e por que. Com essa tomada de consciência conseguem se colocar no lugar das outras pessoas e saber como elas se sentem também. Isso é cidadania.

A gestão escolar precisa buscar um relacionamento democrático na escola que realmente permita esse processo de construção da ética, moral e cidadania.










quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vídeo aula - 3 Educação e Valores - O juízo moral na criança



                                      Vídeo aula - 3









Educação e valores – O juízo moral na criança

Em 1932, Piaget afirma “Toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras”.
As regras existem para que se tenha ordem dentro de uma determinada sociedade, respeitando sua cultura e sistemas de convivência. O ideal é que se internalize essas regras e que haja respeito por elas. Não porque haverá punição, mas porque entende que sem ela seria tudo uma baderna. As regras de convívio permitem o bom relacionamento entre as pessoas na sociedade.
Dentro do processo de desenvolvimento, Piaget trás a Anomia que é quando a criança nasce e ainda não tem noção do certo e o errado. Então ela chora a qualquer hora pedindo para suas necessidades serem atendidas. É a família que vai estabelecendo essa relação e colocando limites de acordo com o entendimento da criança.
Com o passar do tempo ela desenvolve a Heteronomia onde há compreensão de que as regras existem e de novo a família e o meio onde ela vive é que vai desenvolver esse conceito dentro da criança.
Espera-se que a criança mais tarde chegue à autonomia onde as regras já estão internalizadas e já sabe o que pode ou não fazer em diferentes situações sociais.
Existem dois estados de relação que proporcionam o ajuste da anomia para a Heteronomia.
O primeiro é a ação de coação onde para a ação não aceita existe a ameaça de punição como consequência, “se você bater no seu irmão a mamãe vai te bater também”.
E o segundo quando há uma relação de amor e medo de um dos lados. Porque gosto e tenho medo de perder a pessoa respeito e aceito o que ela diz, mas a recíproca nem sempre é verdadeira. Existe um vínculo afetivo que garante essa relação.
 É importante estabelecer regras e respeitá-las para se viver pacificamente em sociedade. Mas o que muitas vezes acontece é que as pessoas param nas fases de Heteronomia, e somente vão cumprir as regras porque sabe que é assim e pronto.
São as relações de respeito e cooperação que vão se firmando num sentimento de afetividade que sustentam esses estados de autonomia. A convivência exercita essas ações de respeito e cooperação como nos jogos, por exemplo.
Quanto mais nova a criança mais egocêntrica ela é. Não existe um justo querer e sim o querer que suas vontades sejam supridas. Pensa somente nela e não no coletivo e seu bem estar.