Vídeo aula - 6
Temas Transversais
em Educação
Dentro das diferentes
concepções de transversalidade é abordada a necessidade de cada comunidade, que
cada cultura deve definir suas prioridades a ser trabalhada. Apesar de a
legislação trazer como temas transversais a ética, saúde, meio ambiente,
pluralidade cultural, orientação sexual, trabalho e consumo, cada cultura tem a
liberdade de eleger, dentro da sua realidade, sentimentos e afetos, o que cabe,
temas para solucionar seus problemas.
A primeira concepção de transversalidade
traz as disciplinas como eixo principal onde o currículo é mais importante, os
conteúdos são o centro do trabalho do professor.
Numa análise
melhor temos primeiro os trabalhos que são desenvolvidos de maneira pontual e o
objetivo maior é o conteúdo dentro da sua disciplina. O conhecimento fica
fragmentado em uma ação ou conjunto de ações.
A segunda concepção que temos é quando o
professor se diz despreparado para abordar determinados temas. Chamam então,
profissionais específicos em certos assuntos para dar palestras. São ações que
envolvem pessoas de fora da escola. Mais uma vez fragmentando os campos do
conhecimento.
Terceira
concepção nos remete aos projetos sobre os temas transversais e que muitas
vezes traz uma proposta que não nasceu da necessidade dos alunos, com material
produzido por outros que não estão envolvidos no cotidiano da temática
trabalhada.
A ideia é que
haja interdisciplinaridade, com todos trabalhando um mesmo tema, só que de
maneira individualizada, não há interação entre as disciplinas.
A quarta concepção é a que a
transversalidade deve estar incorporada nas próprias disciplinas que deve estar
associada diretamente com as disciplinas de Português, Matemática, Ciências,
História e Geografia, que o professor já trabalha em sala de aula mas o foco
principal continua sendo a disciplina e outros temas só serão trabalhados
quando surgir oportunidade.
Por fim, a quinta concepção é quando a
transversalidade é trabalhada como currículo oculto, ou seja, as temáticas só
são trabalhadas a partir de um “gancho”. Nesse aspecto corremos o risco de um
julgamento muito pessoal de achar que determinada situação merece ou não que
seja discutida. Passa então pelo campo da moral de cada professor destinar
tempo para questionamentos e busca de direção. Além do que a transversalidade
fica sem sistematização a espera sempre
da ocasião.
Agora, temos
que reconhecer que mesmo limitada essas ações abrem uma discussão em torno de
situações que promovem temas sociais, mas continuam ficando em segundo plano.
O ideal seria
ter os problemas da população, as suas necessidades sociais, o cotidiano e a
realidade dos alunos articulados aos conteúdos. Os conteúdos deixam de ser o
eixo principal. Não serão mais o fim e sim meios para serem trabalhadas
temáticas que são premissas aos alunos. Assim sendo temos uma educação em
valores , sem achar que o conhecimento específico não seja importante. É uma
nova forma de se conceber a educação. Mas mesmo nessa nova concepção, se não
houver uma interação na maneira de desenvolver cada temática, ainda teremos a
fragmentação da aquisição do conhecimento.
É preciso
romper com essa ideia de individualismo. Achar um caminho e definir estratégias
que vão além da compartimentação disciplinar, essa que é tão engessada e tirem
a escola de seu isolamento conectando-a com o mundo esterno já que recebemos
alunos tão ricos em vivência.
Podemos
promover um trabalho que seja rico de significados para o aluno. Usar a
realidade da comunidade e partir desse para trabalhar as disciplinas de
Português, Matemática, Ciências, História e Geografia.
E isso exige
um empenho articulado dos professores para o sucesso no desenvolvimento do
trabalho.
E dentro da
prática da transversalidade, há alguns caminhos possíveis ligando as diferentes
disciplinas e os diferentes campos do conhecimento, onde temos como exemplo em
projeto onde a partir de um tema, de uma questão a ser estudada, as várias
disciplinas se envolvem tentando aprimorar os campos do conhecimento dos
alunos.
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