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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Video aula 24 - Mídia e Comportamento



Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 24

Mídia e comportamento




Quando falamos de mídia precisamos nos perguntar até que ponto nos deixamos ser influenciados pelo poder da mídia?
Sabemos que os meios de comunicação são importantes em todos os aspectos da vida do indivíduo. É através dos meios de comunicação que as pessoas podem se comunicar de forma mais rápida e eficiente, é através dele que as pessoas formam vínculos no meio social.
Entendemos como pertencentes a mídia: televisão, cinema, impressos, músicas (rádios, TVs), computadores (filmes, músicas, internet, chats), celular, videogames.
Fazendo tanto parte de nossa vida, os bons modelos que a casa, os pais e a família podem oferecer são essenciais para a formação da criança e do adolescente.
Mesmo na escola, que tem o papel de construir conceitos e significados, o professor pode de maneira democrática, ir formando, transformando e ressignificando linguagens inadequadas, como a agressividade, violência e banalização da vida.
O tempo gasto por crianças e adolescentes diante da mídia, tem aumentado paulatinamente e prejudicado muito sua interação social, até mesmo com prejuízos no âmbito psicológico/emocional e com a família.

A internet com seu acesso ilimitado traz muitas informações boas mas, também dá acesso a violência, sexualidade, pornografia, drogas, podendo até mesmo facilitar ações de pedofilia e cyberbullying.
Os videogames oportunizam a fuga da realidade com atos violentos sem punição e vicia quem joga.
Além disso, temos o consumismo sem medida, que traz a aceitação ao grupo se você se veste da mesma forma que os outros pertencentes ao mesmo grupo, ou tem uma estética popularmente aceitável.

Criou-se ilusoriamente um mundo perigoso e sem respeito, onde aqueles que não faziam parte deste contexto se trabalharam para ser e assim deu sentido aquilo que era ilusório.






Vídeo aula 23 - Usos de Substâncias Psicoativas


Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 23

Uso de substâncias psicoativas


Devemos repensar o uso de substâncias psicoativas de forma ampla envolvendo tanto as drogas lícitas como as ilícitas que agem no Sistema Nervoso Central e causam uma alteração senso-perceptiva.
O álcool e o tabaco são drogas lícitas que sofreram algum tipo de restrição quanto ao seu uso não podendo fumar em lugares fechados e não beber se for dirigir.
A droga, em geral, é usada como forma de relaxamento, diminuição da ansiedade, da timidez e normalmente são experimentadas na adolescência por curiosidade. Sabemos hoje que o seu uso não está relacionado com fraqueza moral ou de caráter. Tem mais relação com componentes ambientais e sociais, mas também com componentes genéticos e neurobiológicos. Pais que associam diversão com alteração dão exemplo de que não é possível estar bem sem algum tipo de substância que altere sua percepção da realidade. Por que precisam de uma felicidade química? Será que tem a ver com uma busca instantânea de resolução de problemas e conflitos? É preciso oferecer informações e modelos de qualidade a esses jovens.


Alguns adolescentes tem uma maior vulnerabilidade em usar substâncias psicoativas por terem baixa autoestima, baixo desempenho escolar, por se sentirem excluídos, com dificuldade de relacionamentos familiares. A intervenção na adolescência é preferida para que o problema não se instale.
A responsabilidade de falar e alertar sobre o risco de consumir tais substâncias é primeiramente dos pais e familiares, mas frente a problemas cada vez maiores de pais dependentes de algum tipo de droga, remete a escola o papel obrigatório de trabalhar o tema de forma intencional e séria.




Vídeo aula 22 - Lazer para a juventude e Esportes


Módulo II
“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 22

Lazer para a juventude e esportes





A juventude se apega muito à mídia de massa como a TV, como forma de lazer. E como o jovem se diverte na sua comunidade?
Os esportes radicais atraem muito os jovens e depende da cultura e identidade do grupo a que ele pertence, ao espaço físico que ele possui, depende do gênero, rixas, linguagem, vestimenta, música e valores associados a esses grupos e entender o porquê dessa simbologia toda. É fundamental perceber que a linguagem, por exemplo, usada na prática do esporte, será a mesma usada dentro da escola. Não temos um jovem esportista e outro estudante. É preciso entender a sua relação com a comunidade, com a sociedade mais ampla.
O espaço onde os jovens se relacionam com uma ampla rede social é importante para a simbologia desse lugar.


Os esportes que mais atraem esses jovens são os de características aventureiras que oferecem resultados incertos, perigo e riscos, desafios, novidade, exploração e descoberta, atenção e concentração, estímulo e entusiasmo... Com a possibilidade de a tecnologia amenizar o risco de fracasso e a mídia se aproveitar muito provocando o consumismo.
A escola pode procurar um caminho para se relacionar com a comunidade trazendo para esse espaço situações que promovam o espírito jovem onde, tanto dentro da escola como fora, possa se estabelecer a valorização do ambiente e assim sejam considerados os elementos de cooperação sendo entendidos de forma múltipla.





Vídeo aula 21 - Lazer, Cultura e Elementos Comunitários


Módulo II
“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 21

Lazer, cultura e elementos da comunidade


Conceito de lazer (Jofre Dumazedier)
“Um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”.




Lazer não tem uma definição única por depender de uma localização com dimensão sociocultural e relaciona sempre tempo, atividade e estado da mente. Tem que ser uma atividade de livre escolha e entrega.

Sabemos que tem pessoa que no seu tempo livre  gosta de fazer trabalhos manuais, artesanato, culinária, jardinagem, cuidar de animais; Outra prefere o convívio social como festas, bailes, bares, cafés ou até mesmo participar de redes sociais pela internet; E temos as pessoas que gostam de viajar.




Mas, o lazer pressupõe descanso, divertimento e desenvolvimento. É muito importante que o indivíduo organize o seu tempo de maneira a desfrutar de horas de lazer. Mesmo sendo um lazer cultural como ir ao teatro, cinema ou ir a um show.


O lazer é uma necessidade humana. Na vida cotidiana o lazer constitui-se de relações dialógicas com outros campos além do trabalho, sendo parte integrante e constitutiva de cada sociedade.
A escola pode ser um espaço para desenvolver o lazer da comunidade e atender a população de forma democrática com animação e cultura com a participação de todos.





Vídeo aula 20 - Bullying



Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 20

Bullying



 Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho. (outra fonte de pesquisa “Brasil Escola).


Vídeo aula 19 - Violência nas Escolas



Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 19
Violência nas escolas




O conflito e a violência sempre existiram e sempre existirão. O que antes era uma violência praticada pela instituição escolar com exclusões, distinção entre classes sociais e raças, professores que ofendiam, humilhavam e até batiam, hoje são os alunos que experimentando e aprendendo a conviver com as diferenças se ofendem, humilham e até batem colegas e até nos professores.
Só que a violência tem se tornado em proporções inaceitáveis. O que antes era raro agora se tornou comum que são jovens que depredam a escola, quebram os ventiladores, portas, vidros, etc. Há também situações em que os alunos chegam a consumir drogas na escola.
Há quatro anos um aluno da escola onde dava aula, do sétimo ano, levou uma arma para a escola para tirar fotos com os colegas para postar no seu facebook. Pensando estar descarregada, apontou a arma para um colega e o matou com um tiro no peito.Ele havia conseguido a arma com um tio que havia cumprido pena por tráfico e estava morando com ele na casa da avó.
O que tem intrigado a todos é que esse aumento da violência veio junto com a ampliação dos direitos da criança e do adolescente o ECA, que prioriza os direitos em detrimento dos deveres.
Podemos classificar inúmeras questões que levam a violência para o ambiente escolar. Por exemplo, os mais gerais: diferenças sociais, culturais, psicológicas, etc. e tantas outras como: experiências de frustrações, diferenças de personalidades, competição, etc. Também, podemos enumerar vários tipos, áreas, níveis de violência. Cada área do saber tem o seu método próprio de análise, a Filosofia, Sociologia, Psicologia e o Direito. Hoje, sabemos que a tendência da desfragmentação do saber é o melhor caminho a trilhar. A multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade é a proposta em voga de superação da fragmentação do saber. Somente através do dialogo aliado à práxis efetiva é que poderemos amenizar o grau de violência no interior das escolas.
 Esse círculo de violência deve ter um olhar mais universal, principalmente, por aqueles que pensam sobre a educação. É necessário ver que a violência contra a instituição escolar, contra colegas e professores e, de certo modo, a violência dos adultos contra as crianças, também, contém elementos de caracterização bem comuns. A não aceitação das diferenças em toda a sua amplitude – se é diferente, é hostilizado, desprezado, humilhado. E quando a vítima reage é violentada.
A não aceitação das diferenças, também, perpassa pela escola como instituição, com seus próprios professores, funcionários e com os próprios alunos. Essa uniformização, isto é, uniformizar o diferente, é feita com violência – em todos os casos. E esse comportamento institucional, gera violência.
Não reconhecer nesse processo é o nosso grande problema. Atualmente, vivemos um problema ético de não reconhecimento da nossa incompetência, o problema sempre são os outros, eu não.
A escola é o primeiro ambiente social que a criança experimenta, antes disso, ou seja, na socialização primária se restringe a família, igrejas, vizinhos, enfim, um circuito bastante restrito. É na escola, aonde ele vai, realmente, experimentar um ambiente social – lá ele vai aprender a conviver com as diferenças e constituir um ser para si. Esse ser é para a sociedade.
Por isso, a urgência que se tornou essencial hoje – e que muitos não percebem, é tratar a violência na escola como um trabalho de lucidez quanto ao que estamos fazendo com nosso presente, mas, sobretudo, com o que nele se planta e define o rumo futuro. Para isso, é preciso renovar nossa capacidade de diálogo e propor um novo projeto de sociedade no qual o bem de todos esteja realmente em vista. 




Vídeo aula 18 - A Valorização da Cultura Corporal da Comunidade no Currículo Escolar



Módulo II
“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 18






A valorização da cultura corporal da comunidade
no currículo escolar

A concepção de cultura corporal tem um conceito bem amplo.
Cultura corporal é toda produção simbólica que envolve as práticas corporais como danças, brincadeiras, os esportes – a gestualidade própria de cada um com significado.
Trazer isso para dentro do currículo requer um mapeamento da realidade da comunidade. O que compõe a cultura dessa comunidade? Porque cada grupo atribui significados particulares às práticas corporais.
Como historicamente a escola incorporou certas práticas corporais dos brancos, americanos, por exemplo, e em algumas escolas ainda há resistência da capoeira, é preciso adquirir uma justiça curricular que privilegie todos os grupos, seja funk, rock, pagode. E ressignificar essas práticas que a meu ver parece realmente importante e valorizar as diferenças, tendo uma ancoragem social dos conteúdos.
Podemos aprofundar com trabalhos de pesquisa do que mais agrada o grupo ampliando seu campo de conhecimento.




Vídeo aula 17 - Transformações Sociais, Currículo e Cultura


Módulo II
“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 17

Transformações sociais, currículo e cultura

A integração do processo social e econômico entre todas as regiões e países do mundo todo faz com que as pessoas troquem ideias, façam transações comerciais e financeiras e compartilhem aspectos culturais pelo planeta. As distâncias estão mais curtas com a globalização e tomamos ciência em tempo real dos acontecimentos em toda parte do mundo.
A sociedade veio lentamente se democratizando e a escola tem hoje um público que não existia até um tempo atrás, e abarca uma pluralidade distinta.
O papel da escola foi se transformando.
A função da escola é garantir uma experiência social de sucesso.
O currículo deixou de ser compreendido como um recorte cultural do interesse das classes dominantes.



Temos que pensar no currículo como toda e qualquer ação proposta pela escola ou a partir dela. Existem vários fatores que precisam ser problematizados quando o assunto é currículo, inclusão, gênero, sexualidade, diversidade cultural... E uma sociedade marcada por muitas culturas, a escola tem que estar comprometida com a mediação das lutas simbólicas através das práticas do currículo e negociar significados que atravessam o patrimônio cultural.














Vídeo aula 16 - Sexualidade e Prevenção de Risco


Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 16
Sexualidade e prevenção de risco





Hoje a erotização está em todo lugar.
Percebo isso nos alunos desde a educação infantil, ensino fundamental I e II e até na EJA. É preciso que a escola trabalhe a temática da sexualidade tanto para a informação, quanto para a orientação, preservação das DST e AIDS e para evitar a gravidez indesejada.
É preciso tratar o assunto demonstrando não só como fazer, mas o que envolve a sexualidade: a afetividade, o respeito, o querer e a escolha.

Conversar sobre o que os alunos pensam a respeito, ouvir suas experiências, leva-los a refletir sobre a responsabilidade de gerar outra vida, quais as implicações de uma gravidez, enfim ser um professor aberto, sem preconceito e o aluno poder perceber que tem escolhas é muito importante.
A proteção como preservativos masculinos e femininos são fatores determinantes já que muitas meninas ficam grávidas nas primeiras relações.
É no acolher o aluno que damos maior exemplo de exercício do afeto e abordar a responsabilidade compartilhada na relação sexual pode fazer toda diferença.





Vídeo aula 15 - Sexualidade na Escola



Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 15
Sexualidade na escola






Hoje, muitas famílias não sabem como assumir o seu papel na educação dos seus filhos. É na tela da TV e da internet, na mídia escrita e cantada, que a violência invade nossos lares e a privacidade das famílias diariamente, comprometendo e deseducando nossas crianças, tornando-as precocemente erotizadas, desestruturando a formação idealizada pelas famílias e educadores, e até destruindo sua formação moral.
A educação sexual acontece primordialmente no contexto da família onde a criança está inserida. Muitos pais preferem nem tocar no assunto. Outros super estimulam as crianças, achando engraçadinho ver crianças de 1, 2, 3 anos beijarem na boca, ao som de frenéticas risadinhas, ou indagações do tipo: "Quem é seu namorado?" As meninas vestem micro saias, ou micro shorts, os meninos são empurrados a desejar modelos como Tiazinha, Carla Perez, Feiticeira, etc. A geração anterior era muitas vezes punida e repreendida caso mencionasse ou quisesse saber alguma coisa a respeito de sexualidade. A atual é bombardeada pela estimulação precoce à erotização.
Na sala de aula encontramos alunos em vários os estágios de maturidade sexual. E é interessante como eles lidam com seus afetos. Nunca tive problema em ministrar conteúdos relacionados ao corpo humano ou gestação, ou ainda escutar dos meus alunos problemas de relacionamento com seus namorados e namoradas.
Há os que acreditam que só estão lidando com a sexualidade a partir do momento em que ela é falada, seja através de informações ou explicações a respeito. Mas onde inicia então esta relação? Quando a mãe e o pai cuidam do bebê, brincam com este, na maneira como se relacionam com ele, ao mesmo tempo em que o casal vive uma relação afetiva, gratificante ou não, quando os limites de cada papel e relação ficam bem definidos e marcados, quando a criança pode concluir que amar é ou não possível, está recebendo educação sexual. Quando se pensa em educação sexual na infância, automaticamente tem que se pensar, também, em desenvolvimento emocional, isto é, tem que se levar em conta o nível de maturidade e as necessidades emocionais da criança. É importante que as questões da criança tenham espaço para serem colocadas e respondidas com clareza, simplicidade, na medida em que esta curiosidade vai se dando. Ás vezes, alguns pais querem se livrar logo do assunto e na ansiedade disparam a falar além da necessidade da criança, na tentativa muitas vezes frustrada de que nunca mais vão precisar falar sobre o assunto. Quando uma criança pergunta, por exemplo, como o bebê foi parar na barriga da mãe não quer dizer que ela queira ou aguente saber detalhes com relação ao ato sexual dos pais. Responder a criança de maneira simples, clara e objetiva satisfaz sua curiosidade. A satisfação dessas curiosidades contribui para que o desejo de saber seja impulsionado ao longo da vida, enquanto que a não satisfação ou o excesso de informações gera ansiedade e tensão.

















          

 A sexualidade infantil é diferente da sexualidade adulta, não contém os mesmos componentes e interesses. Muitas vezes através da dramatização, a criança compreende, elabora, vivencia a realidade que vive. Compreende papéis (mãe, pai, filho, homem, mulher, etc.), embora muitas vezes já se perceba menino ou menina e já conheça seus órgãos genitais, experimenta na brincadeira sexos indiferentemente. Perdeu-se hoje, de uma forma geral, a noção do que é pertinente a criança. Vejo com frequência adultos se dirigirem a criança como se estivessem se dirigindo a adultos em miniatura. Não sabem como se aproximar delas, sobre o que falar e de que maneira.
Ao ouvirem uma criança se referir a outra como sendo seu namorado entendem isto dentro do parâmetro de adulto, às vezes desesperando-se, às vezes estimulando, poucos lidam com este dado na dimensão do contexto e por quem ele é apresentado.
Há crianças que, super estimuladas, encontram na erotização a única forma de se relacionar. O afeto é erotizado e os movimentos, a vestimenta e a maneira como se comportam, tem o sentido de provocar uma relação erotizante. Apresentam, portanto, distorção em sua capacidade de sentir, pensar, integrar, conhecer e de relacionar, pois são estimuladas a dar um salto para a sexualidade genital, que não têm condições emocionais, biológicas e maturidade de realizar, despertando, muitas vezes, alto nível de ansiedade e depressão.
 Torna-se necessário que a escola assuma sua responsabilidade de educar e orientar seus alunos. O educador precisa cada dia mais estar preparado para ajudar o aluno a fazer suas próprias descobertas, construindo conceitos de preservação e respeito do próprio corpo e do corpo do outro e ainda como prevenir doenças. Os conteúdos devem ser contextualizados e trabalhados na sua totalidade dentro dos conhecimentos físicos, biológicos e espirituais.





Vídeo aula 14 - A Cartografia e a Representação dos Lugares



Módulo II
“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 14

Cartografia e a representação dos lugares




Sempre pensei em mapa como um texto, passa informação e é preciso que façamos a sua leitura da mesma forma que aprendemos a ler criticamente um texto, desvendando-o ideologicamente, percebendo suas intenções e opções teórico-metodológicas, e não simplesmente o copiarmos.
Quando vinha a difícil tarefa de substituir um professor que faltava, sempre, sempre começava a aula com um mapa.
Como a Professora Sônia Castellar enfatizou: “O mapa reproduz um sistema de valores sociais que são culturais e históricos. Eles são como construções culturais de discursos sobre o território; é possível ler a sociedade pelos seus mapas. Tem elementos de matemática, área e relações espaciais. É possível ler, compreender as sociedades através dos mapas.”
E sugeriu: “ pedir para as crianças fazerem um mapa, por exemplo, construir um mapa que reflita aquela comunidade – não precisa ter escala rígida. Um mapa é qualquer representação gráfica, representação de um lugar, não preciso falar cartograficamente. Já na representação cartográfica o mapa tem escala, tem legenda, tem as convenções cartográficas que são importantes.”
No começo do ano, os alunos da minha sala do segundo ano entravam em contato com o mapa da cidade identificando a localização do bairro onde moravam, outros bairros, aproveitava e nomeávamos as escolas de samba que havia na cidade, percebíamos as cidades vizinhas... E esse mapa ficava exposto na sala durante todo o ano. No segundo bimestre já pendurava os mapas do estado de São Paulo, do Brasil e do Mundo porque percebia que os alunos já estavam se localizando. Mesmo sendo um ano de alfabetização é muito gratificante vê-los olhar os mapas com olhar curioso. São nomes estranhos, lugares tão longe, perguntas fantasiosas...
É possível apresentar e analisar com os alunos os mapas e dados das pesquisas do IBGE.
Deve-se criar salas ambientes, laboratórios, bibliotecas, enfim lugares onde os alunos levem material de fora para ser analisado. Mas, se por ventura não for possível, tenha mapas constantemente expostos em sala de aula. A criança aprende a se familiarizar com esse tipo de texto e buscar muitas informações que possam esclarecer seu lugar de vivência.







Vídeo aula 13 - Educação Geográfica, Estudo da Cidade e o uso da Cartografia


Módulo II

“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 13


Educação geográfica, estudo da cidade e o uso da cartografia

Pensar a cidade como lugar de vivência, com sua história.
Conhecer a cidade, o bairro onde moro me dá a dimensão social, econômica e também cultural, me fazendo entender as pessoas que ali vivem, essa vizinhança com quem convivo.
Ao pensar no bairro (comparar, associar com outras escolas, outros lugares do mundo) – ideia de pertencimento (diversidade cultural, cidadania, pertencimento, raízes, vizinhança) – que comunidade é essa? (entorno da escola; organização do território). O bairro nos ajuda a entender a dimensão social, econômica e cultural daquele grupo que pertence àquela escola e aquele lugar. Imagens que vão simbolizando, caracterizando aquele lugar, aquela região e vão se tornando referenciais de valores das crianças.
Não dá para ser uma aula dentro da escola é preciso superar os muros da escola e encontrar outros espaços de organização das aulas: o entorno, museu, parque, casa de cultura, trabalho de campo, ida a uma festa. Isso começa a criar um capital cultural e pode diminuir o conflito via a ideia de cidade educadora: é objeto de educação e é educadora porque tem uma forma de entender, tem conceitos como aquele espaço foi produzido (tramas dessas redes produtivas e sociais).
Aquilo que ele está aprendendo na escola faz sentido quando ele vai para a rua. Cada professor vai dar sua disciplina, mas tem objetos de estudo que podem fazer essa articulação. Característica mais interdisciplinar do currículo.
Com um bom roteiro, um bom olhar: museu do futebol; metrô; trem etc...
Os alunos descobrem que a cidade é mais do que uma decodificação das informações que ela revela na sua  aparência, mas pode-se descobrir a sua estrutura, sua gênese e função e está estruturada a partir de uma lógica. Daí é preciso decodificar e associar essas informações.
Estudar o lugar, estudar a cidade – isso tem que ser feito a partir de um projeto educativo, e é esse o desafio e você vai construir valores não só culturais, mas do ponto de vista da relação com o outro.






Vídeo aula 12 - Retardo Mental e Autismo


Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 12
Retardo Mental e Autismo


Aprender os sintomas comuns de autismo e retardo mental pode ajudá-lo a procurar um diagnóstico correto. Autismo e retardo mental são duas condições neurológicas com alguns sintomas semelhantes e diferenças importantes. Os pais às vezes têm dificuldade para obter um diagnóstico correto quando uma criança tem autismo severo ou retardo mental por causa de características comuns que lidam com atrasos de desenvolvimento, problemas de comunicação, dificuldades de aprendizagem e de autocuidado.
O retardo mental, também conhecida como deficiência intelectual, é um tipo de deficiência de desenvolvimento que produz limitações significativas na capacidade de funcionamento intelectual e comportamentos adaptivos. Estas limitações resultam em problemas com a aprendizagem de raciocínio, ou a resolução de problemas, bem como dificuldades de habilidades de comunicação social.
O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento que afeta o desenvolvimento do cérebro, principalmente na comunicação, linguagem e habilidades sociais.
Os sintomas comuns do retardo mental e autismo podem ser:
·         Atrasos no desenvolvimento infantil;
·         A limitação da fala e o vocabulário;
·         Problemas em entender instruções verbais e instruções a seguir;
·         Dificuldade de aprendizagem;
·         Problemas de atenção;
·         Dificuldade em se comunicar com os colegas;
·         Comportamento repetitivo ou atividades estereotipadas para auto estimulação, como agitar as mãos ou balançar o corpo para frente e para trás;
·         Problemas sensoriais, o que pode leva-la  a uma reação incomum a um gosto, cheiro, barulho, etc.
·         Os sintomas podem ter diferentes características e variam de leve a grave.
O que se pode fazer?
- Identificar precocemente;
- Tratar as alterações comportamentais;
- Treino de hábitos sociais;
- Estímulos favoráveis;
- Informação de pais, familiares e professores;
Na escola deve se favorecer a maior estimulação possível, respeitando as limitações da pessoa e com o objetivo de melhorar as relações sociais.
AUTISMO:
 Considerado transtorno invasivo do desenvolvimento, com prejuízos na interação social, atraso na aquisição de linguagem e comportamentos estereotipados e repetitivos.



Vídeo aula 11 - Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)


Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 11

Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)



A tríade sintomatológica clássica da síndrome caracteriza-se por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Independentemente do sistema classificatório utilizado, as crianças com TDAH são facilmente reconhecidas em clínicas, em escolas e em casa. A desatenção pode ser identificada pelos seguintes sintomas: dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e de trabalho; dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra; não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais; dificuldade em organizar tarefas e atividades; evitar, ou relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante; perder coisas necessárias para tarefas ou atividades; e ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa e apresentar esquecimentos em atividades diárias. A hiperatividade se caracteriza pela presença frequente das seguintes características: agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira; abandonar sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; correr ou escalar em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado; pela dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer; estar frequentemente "a mil" ou muitas vezes agir como se estivesse "a todo o vapor"; e falar em demasia. Os sintomas de impulsividade são: frequentemente dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas; com frequência ter dificuldade em esperar a sua vez; e frequentemente interromper ou se meter em assuntos de outros.  
No âmbito das intervenções psicossociais, o primeiro passo deve ser educacional, através de informações claras e precisas à família a respeito do transtorno. Muitas vezes, é necessário um programa de treinamento para os pais, a fim de que aprendam a manejar os sintomas dos filhos. É importante que eles conheçam as melhores estratégias para o auxílio de seus filhos na organização e no planejamento das atividades. Por exemplo, essas crianças precisam de um ambiente silencioso, consistente e sem maiores estímulos visuais para estudarem.
Intervenções no âmbito escolar também são importantes. As intervenções escolares devem ter como foco o desempenho escolar. Nesse sentido, idealmente, as professoras deveriam ser orientadas para a necessidade de uma sala de aula bem estruturada, com poucos alunos. Rotinas diárias consistentes e ambiente escolar previsível ajudam essas crianças a manterem o controle emocional. Estratégias de ensino ativo que incorporem a atividade física com o processo de aprendizagem são fundamentais. As tarefas propostas não devem ser demasiadamente longas e necessitam ser explicadas passo a passo. É importante que o aluno com TDAH receba o máximo possível de atendimento individualizado. Ele deve ser colocado na primeira fila da sala de aula, próximo à professora e longe da janela, ou seja, em local onde ele tenha menor probabilidade de distrair-se. Muitas vezes, as crianças com TDAH precisam de reforço de conteúdo em determinadas disciplinas. Isso acontece porque elas já apresentam lacunas no aprendizado no momento do diagnóstico, em função do TDAH. Outras vezes, é necessário um acompanhamento psicopedagógico centrado na forma do aprendizado, como, por exemplo, nos aspectos ligados à organização e ao planejamento do tempo e de atividades. O tratamento reeducativo psicomotor pode estar indicado para melhorar o controle do movimento. A psicoterapia clínica também é muito importante no processo de tratamento podendo ser preciso medicar essa criança.
O processo de avaliação diagnóstica é abrangente, envolvendo necessariamente a coleta de dados com os pais, com a criança e com a escola. O tratamento do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando intervenções psicossociais e psicofarmacológicas.