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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Vídeo aula 19 - Violência nas Escolas



Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 19
Violência nas escolas




O conflito e a violência sempre existiram e sempre existirão. O que antes era uma violência praticada pela instituição escolar com exclusões, distinção entre classes sociais e raças, professores que ofendiam, humilhavam e até batiam, hoje são os alunos que experimentando e aprendendo a conviver com as diferenças se ofendem, humilham e até batem colegas e até nos professores.
Só que a violência tem se tornado em proporções inaceitáveis. O que antes era raro agora se tornou comum que são jovens que depredam a escola, quebram os ventiladores, portas, vidros, etc. Há também situações em que os alunos chegam a consumir drogas na escola.
Há quatro anos um aluno da escola onde dava aula, do sétimo ano, levou uma arma para a escola para tirar fotos com os colegas para postar no seu facebook. Pensando estar descarregada, apontou a arma para um colega e o matou com um tiro no peito.Ele havia conseguido a arma com um tio que havia cumprido pena por tráfico e estava morando com ele na casa da avó.
O que tem intrigado a todos é que esse aumento da violência veio junto com a ampliação dos direitos da criança e do adolescente o ECA, que prioriza os direitos em detrimento dos deveres.
Podemos classificar inúmeras questões que levam a violência para o ambiente escolar. Por exemplo, os mais gerais: diferenças sociais, culturais, psicológicas, etc. e tantas outras como: experiências de frustrações, diferenças de personalidades, competição, etc. Também, podemos enumerar vários tipos, áreas, níveis de violência. Cada área do saber tem o seu método próprio de análise, a Filosofia, Sociologia, Psicologia e o Direito. Hoje, sabemos que a tendência da desfragmentação do saber é o melhor caminho a trilhar. A multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade é a proposta em voga de superação da fragmentação do saber. Somente através do dialogo aliado à práxis efetiva é que poderemos amenizar o grau de violência no interior das escolas.
 Esse círculo de violência deve ter um olhar mais universal, principalmente, por aqueles que pensam sobre a educação. É necessário ver que a violência contra a instituição escolar, contra colegas e professores e, de certo modo, a violência dos adultos contra as crianças, também, contém elementos de caracterização bem comuns. A não aceitação das diferenças em toda a sua amplitude – se é diferente, é hostilizado, desprezado, humilhado. E quando a vítima reage é violentada.
A não aceitação das diferenças, também, perpassa pela escola como instituição, com seus próprios professores, funcionários e com os próprios alunos. Essa uniformização, isto é, uniformizar o diferente, é feita com violência – em todos os casos. E esse comportamento institucional, gera violência.
Não reconhecer nesse processo é o nosso grande problema. Atualmente, vivemos um problema ético de não reconhecimento da nossa incompetência, o problema sempre são os outros, eu não.
A escola é o primeiro ambiente social que a criança experimenta, antes disso, ou seja, na socialização primária se restringe a família, igrejas, vizinhos, enfim, um circuito bastante restrito. É na escola, aonde ele vai, realmente, experimentar um ambiente social – lá ele vai aprender a conviver com as diferenças e constituir um ser para si. Esse ser é para a sociedade.
Por isso, a urgência que se tornou essencial hoje – e que muitos não percebem, é tratar a violência na escola como um trabalho de lucidez quanto ao que estamos fazendo com nosso presente, mas, sobretudo, com o que nele se planta e define o rumo futuro. Para isso, é preciso renovar nossa capacidade de diálogo e propor um novo projeto de sociedade no qual o bem de todos esteja realmente em vista. 




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