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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Vídeo aula 6 - Educação Comunitária e Questões de Gênero na Escola





Módulo II
“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 6


Educação comunitária e questões de gênero na escola







A abordagem feita pela professora Valéria se refere aos vários tipos de comportamento das pessoas com violência ou não, sendo ela verbal, física, psicológica. Mas professora que sou percebo muito essa diferença de característica na minha sala de aula. Um ano que dei aula para um terceiro ano, do Ensino Fundamental I, tinha dezoito meninos e dez meninas. Era uma turma com característica predominantemente competitiva, com maior número de conflitos, mais agitada, mais briguenta, com maior situação de disputa. Num outro ano que dei aula para uma turma do mesmo ano com quinze meninas e oito meninos o grupo se mostrou mais calmo, com mais concentração, mais cooperação estre eles, e com mais disposição a chegar numa maneira de resolver os conflitos que surgiam em sala de aula.
Essa é uma situação visível em sala de aula que o professor pode fazer uma intervenção para minimizar essas características levantando hipóteses e reflexões de onde isso começa.
A última edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), referente ao ano de 2009 e divulgado no início de dezembro, mostrou, entre ou­­tros dados, algo que os professores já perceberam há tempos: a diferença de gênero também se reflete no desempenho dos estudantes em sala de aula. A pesquisa avaliou alunos de 15 anos em 65 países e mostrou que, no Brasil, as meninas são mais eficazes em leitura, enquanto os meninos se destacam em Ciên­­cias e Matemática.
Além de uma simples diferença, este quadro representa um amplo desafio aos docentes, que precisam lidar com as potencialidades de cada um e ao mesmo tempo estimular os alunos nas áreas em que eles não têm tanto interesse. A tarefa não é fácil, pois exige atenção e jogo de cintura dos professores na hora de passar os conteúdos aos jovens, que também apresentam características individuais no aprendizado.
Cultura também determina as diferenças
Toda a vida escolar de meninos e meninas é marcada pelas diferenças de comportamento e desempenho entre os dois gêneros. A rivalidade entre eles é a marca das primeiras séries do ensino fundamental. Já nos anos que antecedem o ensino médio, o interesse pelo sexo oposto começa a se despertar. Nesta fase, em que ocorre a puberdade, o desenvolvimento de cada gênero também interfere no desempenho escolar. Geralmente as meninas se desenvolvem mais rapidamente, enquanto os meninos amadurecem em um ritmo mais lento. A professora do setor de educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Maria Rita de Assis César aponta, no entanto, outro fator determinante para a diferença entre os gêneros: a formação.
“Ao invés de uma diferença biológica, é mais interessante pensar na maneira com que os jovens são tratados no processo educacional como um todo, em casa, na escola e na rua”, afirma. Na avaliação da especialista, há um direcionamento em toda a formação do aluno assim que se descobre o sexo, quando ele ainda está no útero de sua mãe.
Às meninas são direcionados afazeres que exigem capricho, limpeza e humanidades e aos meninos atividades técnicas, ligadas ao matemático. “É lógico que o resultado será diferente, os estímulos são diferentes. Qualquer pesquisa biológica ou neurológica em relação a isso é bobagem”, opina a especialista.
Os pais também são responsáveis pelos resultados apresentados pelos estudantes em sala de aula, advertem os estudiosos no assunto. Além de estimular seus filhos em suas diversas potencialidades, eles precisam investir também na formação de um gênero mais plural, com diversas habilidades. (CGB)
 “O professor precisa estruturar a maneira de ensino prevendo a diversidade na maneira de aprender. Estas diferenças são maiores que a questão do gênero, elas acontecem de pessoa para pessoa”, ressalta a doutora em Educação e professora do curso de Pedagogia da Pontifícia Uni­­versidade Católica do Paraná (PUCPR), Evelise Portilho.
Os relatos de alguns professores do ensino fundamental e médio mostram que as diferenças são realmente notáveis. De acordo com eles, as meninas são mais concentradas nas atividades de leitura e produção de texto, ao mesmo tempo em que os meninos são mais agitados e se interessam por experimentos científicos e atividades de cálculo. “Até mesmo os livros que eles escolhem são aqueles que aprofundam o conhecimento científico e tecnológico. Nas discussões sobre as obras, os meninos participam muito mais quando trabalham com estes temas”, conta a professora de Língua Portuguesa, Lucimara Costa Gai. Ela ainda ressalta que entre as meninas, a preferência é por assuntos ligados ao sentimento.
Nas aulas de Matemática, a professora Simone Danielle Tychanowicz sente que os alunos absorvem facilmente a matéria por já estarem mais familiarizados com unidades de medidas e cálculos em geral. “Por outro lado percebo que as meninas precisam rever o conteúdo em casa. Elas vão bem na disciplina porque estudam bastante”, diz. O mesmo acontece nas aulas de Ciências e Química ministradas pelo professor Fernando Costa. “O interesse pelas atividades práticas em laboratório é dos meninos, enquanto as garotas ficam mais tímidas. Mas, quando é preciso fazer leituras, elas compreendem muito mais.”, afirma.








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