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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Vídeo aula 15 - Sexualidade na Escola



Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 15
Sexualidade na escola






Hoje, muitas famílias não sabem como assumir o seu papel na educação dos seus filhos. É na tela da TV e da internet, na mídia escrita e cantada, que a violência invade nossos lares e a privacidade das famílias diariamente, comprometendo e deseducando nossas crianças, tornando-as precocemente erotizadas, desestruturando a formação idealizada pelas famílias e educadores, e até destruindo sua formação moral.
A educação sexual acontece primordialmente no contexto da família onde a criança está inserida. Muitos pais preferem nem tocar no assunto. Outros super estimulam as crianças, achando engraçadinho ver crianças de 1, 2, 3 anos beijarem na boca, ao som de frenéticas risadinhas, ou indagações do tipo: "Quem é seu namorado?" As meninas vestem micro saias, ou micro shorts, os meninos são empurrados a desejar modelos como Tiazinha, Carla Perez, Feiticeira, etc. A geração anterior era muitas vezes punida e repreendida caso mencionasse ou quisesse saber alguma coisa a respeito de sexualidade. A atual é bombardeada pela estimulação precoce à erotização.
Na sala de aula encontramos alunos em vários os estágios de maturidade sexual. E é interessante como eles lidam com seus afetos. Nunca tive problema em ministrar conteúdos relacionados ao corpo humano ou gestação, ou ainda escutar dos meus alunos problemas de relacionamento com seus namorados e namoradas.
Há os que acreditam que só estão lidando com a sexualidade a partir do momento em que ela é falada, seja através de informações ou explicações a respeito. Mas onde inicia então esta relação? Quando a mãe e o pai cuidam do bebê, brincam com este, na maneira como se relacionam com ele, ao mesmo tempo em que o casal vive uma relação afetiva, gratificante ou não, quando os limites de cada papel e relação ficam bem definidos e marcados, quando a criança pode concluir que amar é ou não possível, está recebendo educação sexual. Quando se pensa em educação sexual na infância, automaticamente tem que se pensar, também, em desenvolvimento emocional, isto é, tem que se levar em conta o nível de maturidade e as necessidades emocionais da criança. É importante que as questões da criança tenham espaço para serem colocadas e respondidas com clareza, simplicidade, na medida em que esta curiosidade vai se dando. Ás vezes, alguns pais querem se livrar logo do assunto e na ansiedade disparam a falar além da necessidade da criança, na tentativa muitas vezes frustrada de que nunca mais vão precisar falar sobre o assunto. Quando uma criança pergunta, por exemplo, como o bebê foi parar na barriga da mãe não quer dizer que ela queira ou aguente saber detalhes com relação ao ato sexual dos pais. Responder a criança de maneira simples, clara e objetiva satisfaz sua curiosidade. A satisfação dessas curiosidades contribui para que o desejo de saber seja impulsionado ao longo da vida, enquanto que a não satisfação ou o excesso de informações gera ansiedade e tensão.

















          

 A sexualidade infantil é diferente da sexualidade adulta, não contém os mesmos componentes e interesses. Muitas vezes através da dramatização, a criança compreende, elabora, vivencia a realidade que vive. Compreende papéis (mãe, pai, filho, homem, mulher, etc.), embora muitas vezes já se perceba menino ou menina e já conheça seus órgãos genitais, experimenta na brincadeira sexos indiferentemente. Perdeu-se hoje, de uma forma geral, a noção do que é pertinente a criança. Vejo com frequência adultos se dirigirem a criança como se estivessem se dirigindo a adultos em miniatura. Não sabem como se aproximar delas, sobre o que falar e de que maneira.
Ao ouvirem uma criança se referir a outra como sendo seu namorado entendem isto dentro do parâmetro de adulto, às vezes desesperando-se, às vezes estimulando, poucos lidam com este dado na dimensão do contexto e por quem ele é apresentado.
Há crianças que, super estimuladas, encontram na erotização a única forma de se relacionar. O afeto é erotizado e os movimentos, a vestimenta e a maneira como se comportam, tem o sentido de provocar uma relação erotizante. Apresentam, portanto, distorção em sua capacidade de sentir, pensar, integrar, conhecer e de relacionar, pois são estimuladas a dar um salto para a sexualidade genital, que não têm condições emocionais, biológicas e maturidade de realizar, despertando, muitas vezes, alto nível de ansiedade e depressão.
 Torna-se necessário que a escola assuma sua responsabilidade de educar e orientar seus alunos. O educador precisa cada dia mais estar preparado para ajudar o aluno a fazer suas próprias descobertas, construindo conceitos de preservação e respeito do próprio corpo e do corpo do outro e ainda como prevenir doenças. Os conteúdos devem ser contextualizados e trabalhados na sua totalidade dentro dos conhecimentos físicos, biológicos e espirituais.





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