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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Vídeo aula 28 - Depressão na infância e adolescência




Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 28

Depressão na infância e adolescência




Depressão é uma doença grave. Segundo a Psiquiatra Sandra Scivoletto, professora de medicina da Universidade de São Paulo, se não for tratada adequadamente, interfere no dia a dia das pessoas e compromete a qualidade de vida. Nos adultos, é mais fácil de ser diagnosticada. Eles se queixam e, mesmo que não o façam, suas atitudes revelam que não se sentem bem e a família percebe que algo de errado está acontecendo. Com as crianças, é diferente. Elas aceitam a depressão como fato natural, próprio de seu jeito de ser. Embora estejam sofrendo, não sabem que aqueles sintomas são resultado de uma doença e que podem ser aliviados. Calam-se, retraem-se e os pais, de modo geral, custam a dar conta de que o filho precisa de ajuda.
A criança tem grande dificuldade para expressar que está deprimida. Primeiro, porque não sabe nomear as próprias emoções. Depende do adulto para dar o significado daquilo que se chama tristeza, ansiedade, angústia. Por isso, tende a somatizar o sofrimento e queixa-se de problemas físicos, porque é mais fácil explicar males concretos, orgânicos, do que um de caráter emocional.
Alguns aspectos do comportamento infantil podem revelar que a depressão está instalada. Por natureza, a criança está sempre em atividade, explorando o ambiente, querendo descobrir coisas novas. Quando se sente insegura, retrai-se e o desejo de exploração do ambiente desaparece. Por isso, é preciso estar atento quando ela começa a ficar quieta, parada, com muito medo de separar-se das pessoas que lhe servem de referência, como o pai, a mãe ou o cuidador. Outro ponto importante a ser observado é a qualidade de sono que muda muito nos quadros depressivos.



            Na depressão infantil, o sono começa a ser interrompido por pesadelos e o medo de ficar sozinha faz com que reclame e chore muito na hora de dormir. Não é o choro de quem quer continuar brincando. É um choro assustado, indicativo do medo que está sentindo o tempo.
Existem. Como nos adultos, luto, perdas, separação dos pais, dificuldade de adaptação a situações novas, mudança de escola e de domicílio podem gerar estresse, que vai desgastando a criança e conduzindo a um quadro depressivo. No entanto, na maioria dos casos, existe um componente hereditário, genético, mais significativo do que nos adultos, responsável pelo desencadear quadros de depressão na criança.
Crescer é doloroso. Só crescemos quando o incômodo é maior do que o medo da mudança. Aí, tomamos coragem e damos um salto. Isso acontece ao longo da vida e na infância inteira. A criança tem medo de dormir fora de casa, mas, convidada por um amigo, pensa – “Se eu não for porque estou com medo, não vou poder brincar com meu amigo” – e a vontade de estar com ele supera o medo. A criança deprimida não tem essa vontade e, consequentemente, não encara os desafios. Retomando as reações da criança normal, diante da dificuldade ela se retrai, fica mais quieta. É um comportamento de proteção, desejável, que evita situações de maior risco. Entretanto, a partir do momento em que se sente mais confiante, encara e vence o obstáculo. Isso é motivo de enorme alegria que a ajuda a fortalecer a autoestima e a aumentar a autoconfiança.

A criança deprimida não dá esse salto. Aliás, não tem autoestima, sente-se permanentemente incapaz, não enfrenta desafios. Como é mais difícil desistir do que tentar, vai sofrendo um afunilamento das atividades.
A adolescência é uma fase de crises, mas de crises extremamente breves, fugazes. No mesmo dia, pela manhã, o adolescente é a pessoa mais infeliz do mundo e, à noite, o mais alegre, porque conseguiu enfrentar e resolver os problemas que o afligiam. No deprimido, o processo da crise é longo, permanente.
Os pais têm enorme resistência em entender esse comportamento como doença. A primeira leitura é interpretá-lo como erro de criação e sentem-se culpados. Na grande maioria dos casos, a criança é encaminhada para psicólogos e só depois de um ou dois anos, quando a terapia não resolveu, é que procuram outro profissional.


Felizmente, o suicídio infantil é raro, porque a criança tem uma visão diferente da morte. Não a vê como fim do sofrimento. É como se fosse um sono do qual acordará depois.
Na infância, o mais comum é surgir um comportamento que chamamos de parassuicida. Acidentes podem acontecer com todas as crianças, mas com a criança deprimida são frequentes, porque ela não se protege, cai da árvore, é atropelada, arrebenta-se andando de bicicleta. Mal se refez de um, está metida em outro acidente. Parece que nunca aprende a resguardar-se.

Na adolescência, a intensidade dos sentimentos e emoções aumenta. Adolescentes são mais imediatistas e querem resolver rápido a situação que tanto os incomoda. Por isso, num impulso, em momentos de extrema angústia, cometem suicídio. É muito difícil perceber neles uma ideação suicida estruturada e planejada ao longo do tempo.



Mais uma vez cabe aos pais e professores ficarem atentos. Há de se criar uma rede social que vai ajudar o jovem com problema em todos os contextos que ele convive. Não adianta em casa ter uma postura e na escola manter-se outra ou vice-versa.  A ajuda somente será efetiva se todos os âmbitos que a criança ou adolescente convive estiverem conectados.





Vídeo aula 27 - Stress e ansiedade na infância e adolescência





Módulo II
“Saúde na escola”
Vídeo aula - 27

Stress e ansiedade na infância e adolescência



Segundo o site criasaude.com.br (http://www.criasaude.com.br/N2014/doencas/definição-estresse.html), o estress é uma reação do organismo (física e mental) a um esforço estremo ou importante. Em geral o estress ativa processos hormonais e nervosos baseado em um sistema de alerta, o que explica o aumento do ritmo cardíaco e de vigilância. E a ansiedade é um distúrbio emocional, um sentimento de insegurança intensa de perigo iminente e pode ser o sinal de uma patologia de origem nervosa (depressão). Ela também pode ser o sintoma de doenças orgânicas (cardiovasculares ou respiratórias).
O estres ou a ansiedade atrapalham o desempenho acadêmico da criança ou adolescente.
Hoje em dia temos um bombardeio de informações e estímulos o que causa maior excitação e competitividade e pouca cooperação. E dependendo da duração de tempo em que o indivíduo é exposto a determinada situação sem um final, acaba desenvolvendo um padrão crônico de sintomas de estress ou ansiedade.



A vida moderna apresenta vários fatores desencadeadores de estress e ansiedade infantil e a interpretação pessoal diante de uma situação faz toda diferença neste sentido. Por característica própria, tem criança que é mais vulnerável sendo estímulo qualquer mudança significativa na sua vida.


O professor pode estar atento a estes sintomas e amenizar esses sintomas conhecendo melhor e escutando seus alunos, motivando-os a participar das aulas de uma maneira descontraída, incentivá-los a fazer perguntas, respeitar o ritmo do aluno promovendo a autoconfiança, proporcionar momentos em que trabalhem em grupo e com atividades calmas.
O professor também não pode esquecer de que ele é o modelo para seu aluno e que todo cuidado na maneira como se veste, se comporta e se coloca vai influenciar diretamente seus alunos.







Vídeo aula 26 - Uh-Batuk-Erê: uma ação de cominidade




Módulo II
“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 26


Uh-Batuk-Erê – uma ação de comunidade




Aqui cabe uma discussão que traz a escola novamente como espaço de discussão, onde são traçadas metas e objetivos para atender a comunidade nos seu mais amplo aspecto. O objetivo maior é criar um projeto integrador que facilite a compreensão e a habilidade de lidar com a diversidade das relações sociais e culturais tendo como protagonistas os atores que compõem o espaço-escola num processo educacional não excludente.
Esse projeto busca formar um fórum onde haja diálogo com a comunidade para identificar as necessidades, promover a arte como forma mediadora do multiculturalismo, garantir maior autonomia, encontros de formação com oficinas de artesanato, canto, e o que for de interesse da comunidade estabelecida nos fóruns.
A escola pode representar a voz da comunidade traçando prioridades que precisam de um olhar atento da parte governamental, seja em infraestrutura, saneamento básico, segurança, e montar um documento que represente essas necessidades.
O projeto ainda visa o conhecimento dos espaços na cidade para compreensão e perceber o que pode ser melhorado em seu bairro, acreditando numa mudança. E apresentar o projeto para todos seja na escola, na comunidade, bairro, para a cidade conhecer e perceber que essa integração valoriza cada um e a própria cidade.


Sendo assim a relação dos alunos melhora, o envolvimento deles com a escola fica mais responsável, compartilhando ações coletivas de cooperação e na mesma medida diminui o preconceito e as desigualdades.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Vídeo aula 25 - Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede


Módulo II
“Educação comunitária, saúde e cidadania na escola”
 Vídeo aula - 25

Relações com a comunidade e
a potência do trabalho em rede







Nos últimos 35 anos houve notáveis descobertas, avanços tecnológicos e científicos. As notícias hoje chegam até nós em tempo real. Mas, não houve o mesmo progresso no que diz respeito a condição humana.




Os jovens se massificam com uma cultura popular mundial traçando características de sua realidade social local que garante permanência de laços mais estreitos com identidade do grupo a que pertence.
A conciliação da competição que estimula com a cooperação que reforça e a solidariedade que une promove o trabalho em rede. O trabalho em rede é muito importante nas comunidades. E entendemos como comunidade um conjunto de pessoas que convivem em um determinado espaço com os mesmos interesses, vivendo a mesma realidade social e que reafirmam suas identidades dentro do grupo.


O trabalho em rede potencializa os recursos fortalecendo a implicação dos diferentes atores da comunidade, problematizando as questões emergentes do coletivo e identificando estratégias de enfrentamento compartilhadas.


Precisa sempre estar em pauta conhecimento sobre o ECA, tendo os adolescentes como multiplicadores de boas ações e cooperação com a comunidade. Na formação de um fórum com os pais e toda comunidade identificar os assuntos que precisam ser trabalhados e debatidos.