Vídeo aula – 4
Educação e Valores
A escola e a construção de valores morais
Já percebemos como esse processo
de construção de valores é muito complexo quando falamos em sala de aula. Não
basta a escola ensinar o que é moral, é preciso que na prática trabalhe de
maneira interdisciplinar nos aspectos concretos e cotidianos da vida dos
alunos.
Há aspectos que influenciam nesse
processo do cotidiano das escolas.
Os conteúdos tem que trabalhar os
direitos humanos, a ética, a inclusão social e a discriminação já que hoje é
uma realidade ter alunos com necessidades especiais em sala de aula, a
convivência democrática. O currículo não privilegia o trabalho de valores. As
disciplinas Português, Matemática, Ciências, História, Geografia, Artes,
Educação Física ainda são o foco da escola sem se preocupar com essa formação
desse cidadão, essa convivência respeitando limites e regras de interação entre
as pessoas na escola e sociedade.
Hoje na escola não cabe mais esse
papel do professor que ensina sozinho e do aluno que aprende sozinho. É
preciso, além de um currículo que converse e atenda o aluno, tenha um professor
que dialogue, escute suas opiniões. É no diálogo que as pessoas aprendem a
trabalhar de forma colaborativa, cooperativa a favor da comunidade. O aluno tem
que perceber que são agentes na construção da sua história e ter espaço para
essa construção.
A escola precisa ter a intenção
de trabalhar dessa forma visando esses aspectos da cidadania. A Declaração
Universal dos Direitos Humanos devem ter um papel ativo nos projetos
desenvolvidos na escola.
Nas relações interpessoais se
estabelecem diálogos importantes a respeito dos sentimentos. É aí que o
professor tem as oportunidades para valorizar, acrescentar, criar ajustes entre
a moral e a ação dos alunos. E para isso é preciso que o aluno confie nesse
professor. E mais do que confiança tem que haver admiração que se faz pelo o
conhecimento ou pela forma justa com que ele trata os alunos.
A escola também precisa trabalhar
a auto-imagem e auto-conceito dos alunos que tem chegado as escolas com um
conceito muito deturpado até por conta da mídia que valoriza muito a estética.
Então quando estão fora do padrão que é estabelecido se sentem inferiores. E na
verdade, enquanto o padrão for estético, meramente visual, na verdade, nunca
estará bom. É preciso reforçar uma auto-imagem positiva nos alunos. As
diferenças já são apontadas como negativas como, por exemplo, um aluno mais
lento ou com problema de aprendizagem. Até mesmo o professor rotula esse aluno.
A escola tem que estar atenta o auto-conhecimento que reconhece sentimentos e
emoções. O aluno tem que aprender até para podermos saber quando está triste e
por que, e quando está alegre e por que. Com essa tomada de consciência
conseguem se colocar no lugar das outras pessoas e saber como elas se sentem também.
Isso é cidadania.
A gestão escolar precisa buscar
um relacionamento democrático na escola que realmente permita esse processo de
construção da ética, moral e cidadania.
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