Vídeo aula - 3
Educação
e valores – O juízo moral na criança
Em 1932, Piaget afirma “Toda moral consiste num sistema de
regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o
indivíduo adquire por essas regras”.
As regras existem para que se tenha ordem dentro de uma
determinada sociedade, respeitando sua cultura e sistemas de convivência. O
ideal é que se internalize essas regras e que haja respeito por elas. Não porque
haverá punição, mas porque entende que sem ela seria tudo uma baderna. As
regras de convívio permitem o bom relacionamento entre as pessoas na sociedade.
Dentro do processo de desenvolvimento, Piaget trás a Anomia
que é quando a criança nasce e ainda não tem noção do certo e o errado.
Então ela chora a qualquer hora pedindo para suas necessidades serem atendidas.
É a família que vai estabelecendo essa relação e colocando limites de acordo
com o entendimento da criança.
Com o passar do tempo ela desenvolve a Heteronomia onde
há compreensão de que as regras existem e de novo a família e o meio onde ela
vive é que vai desenvolver esse conceito dentro da criança.
Espera-se que a criança mais tarde chegue à autonomia
onde as regras já estão internalizadas e já sabe o que pode ou não fazer em
diferentes situações sociais.
Existem dois estados de relação que proporcionam o ajuste da
anomia para a Heteronomia.
O primeiro é a ação de coação onde para a ação não aceita
existe a ameaça de punição como consequência, “se você bater no seu irmão a
mamãe vai te bater também”.
E o segundo quando há uma relação de amor e medo de um dos
lados. Porque gosto e tenho medo de perder a pessoa respeito e aceito o que ela
diz, mas a recíproca nem sempre é verdadeira. Existe um vínculo afetivo que
garante essa relação.
É importante
estabelecer regras e respeitá-las para se viver pacificamente em sociedade. Mas
o que muitas vezes acontece é que as pessoas param nas fases de Heteronomia, e
somente vão cumprir as regras porque sabe que é assim e pronto.
São as relações de respeito e cooperação que vão se firmando
num sentimento de afetividade que sustentam esses estados de autonomia. A
convivência exercita essas ações de respeito e cooperação como nos jogos, por
exemplo.
Quanto mais nova a criança mais egocêntrica ela é. Não existe
um justo querer e sim o querer que suas vontades sejam supridas. Pensa somente
nela e não no coletivo e seu bem estar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário