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sábado, 4 de maio de 2013

Vídeo aula 10 - EDH no Brasil


Módulo III
“Direitos Humanos”
Vídeo aula - 10

EDH no Brasil

Sabe-se que o cotidiano escolar, os alunos e alunas “diferentes”, “estranhos/as”, por raça, etnia, classe social, gênero, religião, deficiência, orientação sexual, entre outras categorias são alvos de estereótipos e preconceitos, as mensagens discriminatórias e as

representações negativas criadas no espaço escolar são devastadoras e impregnadas de perversidade, os /as tornando “objetos” de crueldades verbais e físicas. Desta forma, o ambiente escolar, não propicia direitos e oportunidades educacionais iguais, esses alunos/as são tratados como objeto gerando um sentimento de inutilidade e coisificação violando a suas identidades e os seus direitos, portanto a escola é um micro espaço assimétrico e excludente onde os direitos humanos são violados e estes fatos comprometem a eficiência e eficácia do processo ensino-aprendizagem e a função social e política da educação. O uso repetitivo na escola, dos termos e expressões tais como: cidadania, liberdade, justiça, fraternidade, ética, igualdade, respeito, direitos, deveres, entre outros, tornaram-se tão comuns e usados indistintamente, que acabam sendo tratados como algo transcendente, uma verdade absoluta, inerente ao ser humano e ao ato de educar, um fim em si mesmo e do mais: a produção acadêmica de pesquisas, estudos e investigações que abordam a importância da temática Direitos Humanos na Educação e para a escola ainda é escassa, como também a divulgação de informações sobre o progresso de programas e ações voltadas para os direitos humano na educação não chegam ao chão da escola. 
É neste cenário de paradoxos, incertezas e ambiguidades, que luzes estão sendo lançadas e nos enquadramentos de mudanças e novos paradigmas as discussões em torno da Educação para os Direitos Humanos (EDH) marcam a agenda dos governos, organismos internacionais, e a sociedade em geral, por entender-se de que a EDH, precisa lidar com uma orientação pedagógica não só para problemas específicos (direitos, deveres destruição ambiental, pobreza e fome, guerras, injustiça social, destruição, vícios, tráfico de drogas, trabalho infantil, fanatismo, prostituição, desemprego, terrorismo, violência, criminalidade entre outros) mais também de uma aprendizagem onde se possa manejar a ignorância, na dimensão intelectual; a diferença, na dimensão social; a desunião, na dimensão, afetiva; e a consciência, na dimensão, ética, e com o argumento de que a mesma pode consolidar cada vez mais o papel da educação e contribuir para uma escola cidadã como agência libertadora e de mudança social. 

                Perante estas novas formatações, e com vistas ao significado distinto da educação em direitos humanos no Brasil, para analisar essa questão, se faz antes necessário antes de tudo entender que, o discurso da educação é imerso em um campo de conhecimentos no qual circula teorias, ideologias, interesses e onde se manifestam hierarquias, valores e relações de poder, e ainda, partido do entendimento de que os direitos humanos é um processo narrativo, um elemento discursivo, e não um dado abstrato, um conteúdo pronto e acabado, acredita-se que as políticas públicas, programa ou ação educacional em EDH, precisam carregar consigo estas perguntas: Qual é a relação entre educação e direitos humanos? Educação para os direitos humanos para quê e quem? De que métodos, práticas e teorias se utilizam? A quem os interessa? Que concepções de direitos humanos se deseja explorar na educação? Quem os defende? Como serão selecionados seus conteúdos? Qual é o impacto da educação no processo de efetivação dos direitos humanos? Quais são os obstáculos e perspectivas para a sua condução? 

                   Diante de tais fatos e considerando que a EDH traz uma nova discussão para os sistemas de ensino, consequentemente o debate em torno desta questão, é uma dimensão importante a ser incorporada ao processo educativo, uma vez que, tem como foco transmitir informações e reflexões e ainda a (des) construção sobre a promoção dos direitos humanos em educação e à difusão de uma cultura da paz. 



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