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sábado, 4 de maio de 2013

Vídeo aula 11 - Políticas culturais, multiculturalismo e currículo


Módulo III
“Convivência Democrática”
Vídeo aula - 11


Políticas culturais, multiculturalismo e currículo


O multiculturalismo assim como a cultura contemporânea é ambíguo, pois de um lado o multiculturalismo é um movimento reivindicatório dos grupos culturais dominados para terem o reconhecimento de suas formas culturais dentro da cultura nacional. Por outro lado, o multiculturalismo também pode ser visto como uma “solução para os ‘problemas’ que a presença de grupos raciais e éticos coloca, no interior daqueles países, para a cultura nacional dominante”.

                De qualquer forma, o multiculturalismo não pode ser analisado longe das relações de poder, pois estas fizeram com que as diferentes culturas raciais, éticas e nacionais vivessem no mesmo espaço.

                Por meio desta ambiguidade o multiculturalismo se torna uma importante “arma” de luta política.

                A partir desta perspectiva o multiculturalismo pode ser chamado de “liberal” ou “humanista”. É nesta humanidade que o multiculturalismo busca “o respeito, a tolerância e a convivência pacífica entre as culturas”.

                “Quais as implicações curriculares dessas diferentes visões de multiculturalismo?”
Dentro da perspectiva liberal ou humanista o currículo é baseado a partir das “ideias de tolerância, respeito e convivência pacífica entre as culturas”.

                Assim, as escolas devem buscar práticas curriculares onde o multiculturalismo esteja inserido, fazendo uso de dinâmicas que sensibilizem as identidades, pois a compreensão da identidade como algo que é construído, provisório e inacabado, propicia uma maior sensibilização quanto ao caráter multicultural das sociedades.

                Porém, em alguns lugares,  o multiculturalismo tem sido atacado por grupos conservadores e tradicionais. Para esses grupos o multiculturalismo “representa um ataque aos valores da nacionalidade, da família, da família, da herança cultural comum”.

                Outra crítica que o multiculturalismo vem sofrendo seria pelo seu “suposto relativismo”. Segundo esta crítica alguns valores e instituições existentes são universais e que vão além das características culturais e específicas de cada grupo.

                Para a perspectiva multiculturalista crítica, “não existe nenhuma posição transcendental, privilegiada, a partir da qual se possam definir certos valores ou instituições como universais.”.


                Porém, não existirá, segundo Robert Connell uma “justiça curricular”, se o currículo não for modificado “para refletir as formas pelas quais a diferença é produzida por relações sociais de assimetria”.

                Finalmente, como educadores devemos conhecer os universos culturais dos alunos, fazendo com que o ensino seja ajustado a realidade social e cultural de cada um. Não devemos ignorar as identidades, devemos sim saber lidar com o plural, o diverso, o múltiplo; respeitando a diferença e a pluralidade cultural das pessoas que nos cercam.











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