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sábado, 4 de maio de 2013

Vídeo aula 15 - Produção da identidade/diferença: culturas juvenis e tecnocultura


Módulo III
“Convivência Democrática”
Vídeo aula - 15

Produção da identidade/diferença:
culturas juvenis e tecnocultura


 O que é o fenômeno da juventude?
- Ser jovem é uma concepção natural ou cultural? Maturação ou produto das condições históricas e dos discursos?
É um fenômeno cultural e isso influencia, comparando os jovens atuais com os jovens do século XIX.
 Condições e discursos que produzem a identidade “diferença” nas culturas juvenis.
Condições históricas e discursos:
- Elite na Grécia Antiga (direito ao ócio); chegavam até os 40 anos de idade;
- Século XVII: intervenção da infância no século XVII (separação e isolamento das práticas e do mundo das crianças e dos adultos);
- Necessidades pós-revoluções industriais ( aprender mais do que ler e contar; produção da juventude na classe média);
- Entre 1945 e 1975: o estado de bem-estar social e a juventude transviada (produção da juventude para os empobrecidos e o papel das mídias – formas de ver o que era ‘ser jovem’);
A mídia divulga aquilo que já é prática de alguns grupos sociais. Não é a mídia que determina, mas há um processo de identificação do jovem com as situações.

- 1960 – Noção da diversidade de culturas juvenis (identificação e ressignificação das mídias) – potência para a escola.

Essa influência que a mídia tem sobre a juventude não é fruto do acaso, é algo pensado, planejado. Para se ter ideia do que seria isso, a professora mencionou  os dossiês  encomendados pela MTV , no período de 1999-2010,que apontaram que houve um aumento exponencial do uso de aparelhos eletrônicos. Em 1999, de 15 a 20% usavam aparelhos eletrônicos. Em 2010, mais de 90% passaram a usar aparelhos eletrônicos.
O que tem sido constatado é que os jovens tem adotado como cultura o que tem sido denominado tecnocultura ou cybercultura. Experimentam a vida adulta através desses instrumentos eletrônicos. Estes atuam como se fossem extensão do próprio corpo. Há uma desnaturalização do corpo (cyborgs), do tempo, do espaço, dos contextos. Adotam outras linguagens, outras formas de pensamento (poder e espelho dos limites).
O resultado dessa atitude é a insegurança.  Os jovens ficam inseguros com o corpo, com a relação social, com a violência, outras formas de intervenção (espaço com potencial democrático).
Em suas considerações, a professora  apresentou as ideias de Margules e Urrest, nas quais  adultos e jovens têm diferentes formas de pensar, sentir , agir, ler. E também, os pensamentos de Green e Bigum, em que a ideia é de que são mutuamente alienígenas.
Como estabelecer  as relações com  o estrangeiro?
Conhecendo e respeitando suas práticas, dialogando, integrando, produzindo híbridos. Essa é a proposta da professora para a educação de jovens. Assim, pode ser produzido um espaço de ensino – aprendizagem que pode influenciar a formação de suas identidades por meio do uso da tecnocultura.

A Educadora mencionou um dos conceitos de  Margaret Mead (1968) . Há, segundo a autora, três tipos de culturas:
a)Culturas pós-figurativas: onde os filhos aprendem, em primeiro lugar, com os pais. O novo é uma continuação e repetição do velho, negando-se a mudança. Os velhos e os avôs têm muita importância. A mobilidade social é reduzida e o passado forma ‘um continuum’ com o presente e o futuro. Cultura da família extensa.
b)Culturas co-figurativas: quebram o sistema pós-figurativo. Os jovens rejeitam o modelo dos adultos e aprendem formas culturais inovadoras. Os adultos acabam por verificar que os seus métodos são insuficientes ou pouco adequados à formação do jovem e à sua integração na vida adulta. Os jovens conseguem a mobilidade social por si desejada; ignoram os padrões dos adultos ou são-lhes indiferentes. Cultura da família nuclear. Os velhos e os seus conhecimentos deixam de ser pensados como necessários.

c)Cultura pré-figurativas: os adultos aprendem com os seus filhos. Nesta nova sociedade, só os jovens estão à vontade, pois dominam os progressos científicos. Em extremo, os adultos não têm descendentes e os filhos não têm antepassados. O futuro é agora e produz-se uma quebra entre uns e outros. O que interessava aos adultos já não interessa aos jovens. 






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